Obras da São Paulo Railway em Cubatão SP

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Olá Pessoal. O canal Arquitetura do Café — @arquiteturadocafe — tem a satisfação de apresentar mais uma transmissão da série “cidades do café”, trazendo desta vez um pouco da história de C]ubatão (SP), município da Região Metropolitana da Baixada Santista (RMBS), cujo território foi e é cenário de verdadeiras obras de arte da Engenharia — por exemplo : a Estrada de Ferro São Paulo Railway (SPR) — a Usina Hidrelétrica Henry Borden, o Caminho do Mar, e tantos outros elementos que compõem um fabuloso patrimônio — cultural e ambiental — na Serra do Mar. André Argollo conversa com o arquiteto urbanista Rubens Brito, que foi Diretor da Secretaria Municipal de Planejamento Urbano, foi Presidente do Condepac — Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Cubatão — e desenvolve seu Mestrado na Unicamp (PPG-EHCT / IG-Unicamp). Ao acompanhar a conversa você pode perceber que foram contextualizados diversos aspectos sobre a construção da ferrovia SPR no território de Cubatão, o arquiteto Rubens Brito mostrou imagens do Cais Santista, com as primeiras linhas férreas (1928), a Estação do Valongo, marco zero da SPR, a Estação de Cubatão, primeira Estação ferroviária da SPR, pontes e maquinários utilizados pela SPR no início do século XX. Na sua fala Rubens expõe a importância da estrada de ferro para a região de Cubatão e tb para o contexto da expansão cafeeira para o interior do Estado de São Paulo. Os estudos técnicos dos Engenheiros Ingleses, visando o melhor  aproveitando do relevo existente. Também mostra várias imagens — belíssimas e raras — do Arquivo Municipal de Cubatão, como o mapa do pesquisador Moisés Lavander, identificando os primeiros ramais lenheiros em Cubatão no início do século XX. Esperamos que vcs apreciem o conteúdo. Inscrevam-se no canal Arquitetura do Café — @arquiteturadocafe — e participem enviando sugestões e comentários. Saudações cafeeiras e cubatenses,

André Argollo / @andreargollo.oficial
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Obras da São Paulo Railway em Cubatão SP

Rubens Brito é arquiteto urbanista, também terapeuta holístico em Barras de Access, terapia de reprogramação mental a partir de novas consciências.

www.interapias.blogspot.com

Rubens Brito agradece: Arquitetura do Café, André Argollo Ferrão, Arquivo Histórico de Cubatão, Carlos Felipe, Wellington Borges.

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Arquitetura do Café apresenta o Projeto Café Paulista: aromas virtuais

 

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Olá Pessoal. Nesta transmissão, André Argollo / canal Arquitetura do Café – @arquiteturadocafe – conversa com o Professor Marcelo Paiva – Unifesp – sobre o Projeto “Café Paulista: aromas virtuais”. Este projeto coloca o usuário em uma experiência multissensorial (visual, auditiva e olfativa) com realidade virtual sobre a história e o processo de preparação da bebida que influencia os hábitos, os prazeres, o convívio familiar e com os amigos, assim como o trabalho: o café. O usuário é imerso em uma fazenda 3D (tridimensional) para experienciar a colheita, torrefação, preparo do café e fatos históricos associados ao processo. Para isso, este projeto usa óculos de realidade virtual ou uma TV, acoplada a um difusor de aroma, o que permite que os aromas relacionados ao café façam parte da interação com o ambiente simulado. Esta é uma experiência multissensorial inovadora, surpreendente e que aproxima os usuários do processo tradicional de preparação do café. Coordenação e execução do Projeto “Café Paulista: aromas virtuais” – Prof. Dr. Marcelo de Paiva Guimarães (Universidade Federal de São Paulo – Unifesp/Reitoria) – labICE – https://labice.unifesp.br/

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Arquitetura do Café apresenta o Projeto Café Paulista: aromas virtuais

Financiamento do “Projeto Café Paulista: aromas virtuais”

– Governo do Estado de São Paulo – Secretaria de Cultura e Economia Criativa – ProAC – Programa de Ação Cultural

Parceiros do Projeto “Café Paulista: aromas virtuais”

– Projeto Arquitetura do Café – https://www.youtube.com/c/ArquiteturadoCafé

– Terra Rosana – https://www.youtube.com/channel/UCbAtyWVqSkFOz30yx88FVAQ

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Certamente voltaremos a tratar deste tema no canal Arquitetura do Café – @arquiteturadocafe – apresentando a evolução e os desdobramentos do Projeto Café Paulista: aromas virtuais. Você Diretor de Escola, professor ou aluno, Coordenador de Museu ou membro de uma Administração Municipal que queira levar o Projeto para a sua cidade, entre em contato conosco aqui no canal “Arquitetura do Café”. Nós podemos encaminhar sua solicitação/proposta e colocaremos você em contato com nossos parceiros do Projeto “Café Paulista: aromas virtuais”. Inscreva-se no canal “Arquitetura do Café” – @arquiteturadocafe – e acompanhe nosso conteúdo. Participe, envie suas sugestões e comentários, entre em contato conosco. Saudações cafeeiras, André Argollo / Arquitetura do Café.

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64. Canaletas e Lavadores de Café

 

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Olá Pessoal. O método de preparo do café por via seca consistia, basicamente, em espalhar o café colhido sobre o terreiro, sem despolpá-lo, e depois descascá-lo com pilões mecânicos ou mesmo manuais. Tal processo evoluiu no Brasil, adaptou-se às condições climáticas das principais regiões produtoras e, até hoje, é o pre- ferido pelos cafeicultores do planalto paulista e do sul de Minas Gerais (Argollo Ferrão, 2004). O método de preparo do café por via úmida consistia em despolpar o café logo após a colheita, e também evoluiu muito, sendo utilizado atualmente em vários e importantes países produtores, como a Colômbia e as nações da América Central (Argollo Ferrão, 2004). No Brasil se utilizam os dois métodos de preparo. Os terreiros de café são imprescindíveis. No método de preparo por via úmida, as canaletas que conduzem o café imerso em fluxo d’água compunham a arquitetura do Núcleo Industrial das principais fazendas cafeeiras do Brasil (final do século XIX, início do século XX), assim como os Lavadores de café, os tanques de fermentação e as usinas de despolpamento. O vídeo n.64 da série (“playlist”) Arquitetura do Café – dentro do canal (YouTube) Arquitetura do Café – @arquiteturadocafe – intitulado “Canaletas e Lavadores de Café” apresenta um breve arrazoado sobre estes 2 métodos de preparo em terreiro e os respectivos equipamentos arquitetônicos que compunham o Núcleo Industrial das grandes fazendas cafeeiras : canaletas e lavadores de café. Espero que vocês apreciem, curtam, comentem e compartilhem este vídeo. Caso ainda não estejam inscritos, inscrevam-se no canal, participem enviando sugestões e comentários, e nos ajudem a divulgar o Projeto Arquitetura do Café. Saudações cafeeiras em via seca e úmida,

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Este é o vídeo n.64 do canal Arquitetura do Café – @arquiteturadocafe

CANALETAS E LAVADORES DE CAFÉ [by] André Argollo

Apresentação, Produção e Edição : André Argollo.

Pesquisa e Conteúdo : André Argollo.

Trilha Sonora : YouTube Studio [Biblioteca de Áudio]

Et voilà [by] Chris Haugen.

The Clean Up Man [by] Dan Lebowitz.

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Referências: Argollo Ferrão, A. M. de (2004). Arquitetura do Café. Campinas: Editora da Unicamp; São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo.

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16. Le Procope: o primeiro Café Literário de Paris

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O Café Le Procope, de Paris, é um dos mais antigos cafés do Mundo, cuja maravilhosa história segue viva, pois o café (e restaurante) Le Procope funciona até os dias de hoje, sendo visita obrigatória para quem está em Paris e quer desfrutar de um ambiente primoroso e marcante da História e da Cultura do Café. O video se inicia falando sobre Francesco Procópio dei Coltelli, um siciliano da Catânia que se estabeleceu em Paris no ano de 1660. Comerciante de especiarias e de café em grãos, era um empreendedor talentoso, e em 1686 fundou o Le Procope – reconhecido como o primeiro Café Literário e a primeira Sorveteria da França ! Sim, François Procope (seu nome francês) trouxe para Paris a receita do seu avô, um pescador do sul da Itália que gostava de inventar coisas nas horas vagas… e dentre suas invenções, a receita do sorvete – que fez muito sucesso em Paris, já no século XVII. Procope substituiu o mel pelo açúcar e criou algo como 80 sabores para vender em sua nova cafeteria. Três anos depois de inaugurada, em 1689 se instala à frente do prédio do Café Le Procope, a Companhia de Teatro “Comédie-Française”, um marco para as artes cênicas. Os frequentadores e artistas da “Comédie-Française” fizeram do Le Procope uma espécie de antecâmara do Teatro, inaugurando uma dobradinha que até os dias de hoje se dá muito bem: – Café e Teatro ! Muitos frequentadores famosos e anônimos fizeram do Le Procope um local quase sagrado para quem aprecia a História e a Cultura do Café. Assista ao vídeo, pois muita história ainda há de ser contada – inclusive sobre o Le Procope – em outros vídeos do canal Arquitetura do Café. Espero que todos apreciem.

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Este é o vídeo n.16 do canal Arquitetura do Café – @arquiteturadocafe

CAFÉ LE PROCOPE [by] André Argollo

Apresentação, Produção e Edição : André Argollo.
Pesquisa e Conteúdo : André Argollo e Luci Braga.

Trilha Sonora : YouTube Studio [Biblioteca de Áudio]
Jazz in Paris [by] Media Right Production.
Et voila [by] Cris Haugen.

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Sistemas territoriais integrados à produção

Artigo em periódico internacional indexado

 

Ferrão, A. M. de A. (2016). El escenario de los grandes complejos agroindustriales-comerciales: el caso de los sistemas territoriales integrados a la producción de café en Brasil. A&P Continuidad, v.3, n.5, pp. 114-133. [Link para o PDF do Artigo]

 

Olá Pessoal, em 2016 eu publiquei um artigo na revista “A&P Continuidad”, editada pela “Facultad de Arquitectura, Planeamiento y Diseño” da “Universidad Nacional de Rosario”, localizada em Rosario [Santa Fe] Argentina. Nesta postagem vcs podem ler o Resumo do artigo e acessar o link para obter o PDF completo. Espero que apreciem.

Resumen en Español

Investigadores y administradores públicos de diversos países del mundo han enfocado los sistemas territoriales rurales como un campo de estudio absolutamente fundamental para el desarrollo sustentable de las regiones donde fueron implantados grandes complejos agroindustriales-comerciales. En Brasil, esta percepción académica y político-administrativa es relativamente reciente, habiéndose intensificado a partir de la década del 90. Desde entonces estudiamos los reflejos de tales sistemas sobre la arquitectura y el escenario de los complejos productivos agroindustriales-comerciales, tomando particularmente el caso del complejo del café en São Paulo como objeto de investigación y campo transdisciplinar.

En cuanto a los sistemas territoriales integrados a la producción del café en Brasil, el escenario resultante se transforma de acuerdo con los cambios del contexto de la economía globalizada y de la agricultura brasileña de alta performance, particularmente tratándose del agronegocio del café, cuya dinámica promueve transformaciones significativas en el escenario correspondiente, reflejando adaptaciones en los subsistemas espaciales especializados, notoriamente en los sistemas territoriales rurales, pero también en los sistemas urbanos de las regiones productoras.

Palabras clave: sistemas territoriales urbanos, agribusiness, café, Brasil

Abstract in English

Researchers and public administration officers from different countries have focused on rural territorial systems as an essential field of study dealing with the sustainable development of regions which have important trade and agroindustrial complexes. In Brazil, this relatively recent academic, political and administrative view has been reinforced since the 1990s. The effects of such systems on architecture and the environment shaped by this kind of complexes have been studied. Sao Paulo’s coffee complex has particularly become both a research object and a transdisciplinary field.

Global economy changes and high-performance Brazilian agriculture influence are reflected on territorial systems involved in Brazilian coffee production which, in turn, has a dynamics that encourages significant changes and gives rise to specialized space subsystem adjustments. This can be found not only in rural territorial systems but also in urban systems developed in agricultural regions.

Key words: urban territorial systems, agribusiness, coffee, Brazil

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14. Nas cafeterias… uma boa conversa

Este video trata das cafeterias como o local apropriado para se ter uma boa conversa. Fala sobre episódios de perseguição aos frequentadores, destruição ou mesmo proibição de funcionamento das primeiras cafeterias no mundo árabe, na Turquia e também em diversos países da Europa. As primeiras cafeterias europeias surgem na Inglaterra por volta de 1637 – chamadas de “Seminários de Rebelião” quando o governo de Carlos II cogitou perseguir seus frequentadores, ou de “Universidade a vintém”, onde se obtinha “instrução mui variada” (cf. Paulo Porto-Alegre citado por A. Argollo in “Arquitetura do Café”). O video menciona que serão necessários vários capítulos (ou… outros videos) para se falar sobre as cafeterias, e encerra mencionando as cafeterias da “Terceira Onda do Café”, no Brasil e em vários países do Mundo. Uma “boa conversa” é capaz de “mudar o mundo” ! As cafeterias constituem local propício para uma “boa conversa” !

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04. Café e Ferrovia

Olá Pessoal, neste vídeo vamos falar um pouco mais sobre o binômio “café-ferrovia”, que protagonizou o fabuloso processo de desenvolvimento territorial paulista. Eu costumo dizer que — particularmente em São Paulo — “falou café… falou ferrovia”, pois para onde o café se expandia, junto com ele estava a ferrovia, e em muitas regiões se dava o contrário, ou seja, era a ferrovia quem abria o caminho para o café. Assim sendo, vamos ressaltar detalhes importantes dessa “parceria histórica”, citando obras de referência, falando sobe as estradas “cata-café”, e comentando um pouco mais sobre a visita que fizemos ao Museu da Companhia Paulista — localizado no Complexo Fepasa em Jundiaí [SP].

É importante observar que para a compreensão dos sistemas territoriais que compõem a Arquitetura do Café, a ferrovia é apenas uma das integrações possíveis, pois, embora seja necessário e essencial reconhecer a sua abrangência e capacidade de alavancar o desenvolvimento, existem diversos outros aspectos relacionados com a grande industria cafeeira e a riqueza resultante de tais integrações. Tenha em mente um plano de visão em que cada uma das diferentes integrações que compõem a Arquitetura do Café formam inúmeras linhas ou planos que se cruzam para conformar diferentes cenários, que podem ser analisados sob diferentes ângulos, ou perspectivas que narram diferentes leituras de uma mesma história: a construção, a evolução tecnológica, o desenvolvimento, enfim… a Arquitetura do Café.
Não se esqueçam de deixar aqui 👇🏻 o seu comentário, a sua opinião sobre os assuntos que vimos tratando, ou suas sugestões para o canal, e acompanhem também nossos conteúdos nas redes sociais!

Um abraço, André Argollo.

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André Argollo
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06. Carros de Boi em Gonçalves [MG]

Na cidade de Gonçalves [MG] muitas famílias guardam a tradição do uso de carros de boi. Todo dia 15 de setembro, Dia de Nossa Senhora das Dores, Padroeira de Gonçalves [MG] há uma Procissão de Carros de Bois das famílias da cidade e região. É um evento interessante o qual tive a oportunidade de comentar no canal "André Argollo" (Youtube).

O carro de boi era conhecido por chineses e hindus. Consta que os egípcios, babilônios, hebreus e fenícios também se utilizavam da força do boi no transporte. Não é por acaso que os europeus fizeram do boi um item indispensável da carga das caravelas. O carro de boi, ou “boeiro” em Portugal, “carreta” nos pampas gaúchos, ou ainda, “cambona” em algumas regiões do interior, foi o mais importante veículo de carga no Brasil por mais de 3 séculos, e por isso merece um lugar de destaque nos nossos estudos sobre as tradições e a cultura rural. Logo no início da colonização, Tomé de Sousa, o primeiro governador-geral do Brasil trouxe para cá carpinteiros e carreiros, de modo que, por volta de 1550, já se ouvia o o chiado cantado dos carros de boi nas ruas da recém criada cidade de Salvador [BA]. Muito utilizado na indústria açucareira colonial, transportando gente e carga da roça ao engenho, do engenho às cidades, os carros de boi mobilizaram o transporte terrestre ao longo dos séculos XVI e XVII, transportando material de construção para o interior, de onde voltavam carregados com pau-brasil e produtos agrícolas. No Brasil colonial, além dos fretes de carga, os carros de boi conduziam também as famílias de um povoado para outro. Normalmente eram usados como “carro-fúnebre”, ocasiões em que os carreiros lubrificavam os “cocões” para evitar a cantoria em hora inadequada.
Em meados do século XVIII, com o surgimento das tropas de muares, os carros de boi perderam sua primazia. Mais leves e rápidos, os burros de carga não exigiam trilhas prévias nem terrenos regulares. A partir do final século XVIII somente os cavalos passaram a poder puxar carros, carroças e carruagens. Os carros de boi foram proibidos por lei de transitar no centro das cidades, ficando o seu uso restrito ao meio rural.
[Baseado no Trabalho de] Bruna Scavacini / postado em 2013. Disponível em : http://naboleia.com.br/carro-de-boi-a-origem-do-transporte/
Acesso em 25 nov. 2019.
André Argollo
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Fazendas de Café em Ribeirão Preto [SP]

O livro Arquitetura do Café mostra que as fazendas de café possuem uma arquitetura específica e original. Tal arquitetura assume determinadas características de acordo com a região cafeeira e com o período em que foi concebida ou para o qual foi adaptada. O conjunto arquitetônico de uma fazenda cafeeira é formado pelo núcleo industrial (terreiros, tulhas e casa de máquinas), núcleos habitacionais (casa-grande e senzala, ou a casa sede e as colônias), os núcleos compostos por edifícios e instalações destinados a abrigar atividades complementares e suplementares da fazenda, como viveiros e casas de vegetação, barracões, serrarias e oficinas, pequenos currais, silos e armazéns etc., e — por fim — a arquitetura da paisagem resultante, composta pelo próprio cafezal, assim como todo o campo cultivado, que guardam em seu desenho essa arquitetura do café — original e específica, que se complementa com a existência ou não de remanescentes de mata ou áreas de recomposição, áreas de pastagens com suas subdivisões por valos ou cercas, cursos dágua, etc.

Antigas casas de colônia em fazenda de café de Ribeirão Preto [SP]. Fonte: Criador: Edson Silva Direitos autorais: @folhapress 2010 - todos direitos reservados à Folhapress — AII R
Antigas casas de colônia em fazenda de café de Ribeirão Preto [SP]. Fonte: Edson Silva / Direitos autorais: @folhapress 2010 — todos direitos reservados à Folhapress — AII R.
A arquitetura e a organização das grandes propriedades de produção do café e a influência delas na ordenação do território paulista se relacionam intimamente com o processo produtivo do café, que integra vários subprocessos realizados em unidades físicas bem definidas e caracterizadas no tempo e no espaço por elementos arquitetônicos originais e específicos, resultando uma arquitetura específica e original: a da fazenda cafeeira. O desenvolvimento tecnológico, ao impor transformações no programa de atividades do espaço da produção da fazenda de café, coevolui com a arquitetura no âmbito do seu sistema produtivo. A evolução técnico-científica exigiu adaptações no espaço destinado a abrigar cada atividade dentro e fora da fazenda cafeeira, alterando-lhe a forma; ou incrementando-lhe, restringindo-lhe, e até suprimindo-lhe a função.
Fazenda Monte Alegre. Desapropriada pelo Governo Estadual, em 1948, as terras da fazenda passaram a constituir o patrimônio da Universidade de São Paulo. Hoje serve como sede de dois museus: Histórico e do Café. Ribeirão Preto [SP]. Foto: Rubens Chiri. Fonte: Banco de Imagens do Estado de São Paulo.
Durante o período em que o café foi a principal indústria brasileira (de meados do século XIX a meados do século XX) a arquitetura das fazendas cafeeiras evoluiu de acordo com as transformações culturais, tecnológicas, socioeconômicas, políticas, ocorridas na sociedade. Na região de Ribeirão Preto, as fazendas passaram por diversas modificações.
Entre as principais mudanças relacionam-se as seguintes: a casa-grande e a senzala são substituídas por sedes rodeadas de jardins e casas de colônia; dá-se também a substituição dos equipamentos primitivos por máquinas industriais movidas a água, e depois a vapor ou eletricidade; o advento da ferrovia ao invés das "tropas de muares" exige a construção de pequenas plataformas de embarque próximas aos armazéns e às colônias da fazenda; e o núcleo industrial agiganta-se transformando-se no principal componente arquitetônico da grande empresa produtora de café.
A casa-grande e a senzala foram substituídas por sedes rodeadas de jardins e casas de colônia; a construção da ferrovia exigiu a implantação de pequenas plataformas de embarque próximas aos armazéns e às colônias da fazenda; o núcleo industrial cresceu, transformando-se no principal componente arquitetônico da fazenda. Da mesma forma, em outras regiões cafeeiras pode-se observar diferentes mudanças, de acordo com o contexto regional e com o período que se analisa.
Casa-sede da Fazenda Boa Vista, em Ribeirão Preto [SP], construção do final do século XIX. Foto: Vladimir Benincasa. Fonte: Benincasa, V. (2010). As casa de fazendas paulistas. Com Ciência. Revista Eletrônica de Jornalismo Científico. Disponível em: http://www.comciencia.br/comciencia/handler.php?section=8&edicao=60&id=759
Fazenda Schmidt, Ribeirão Preto, SP. Fonte: A. Lalière, 1909; B. Belli, 1910. In Arquitetura do Café [por] André Argollo / A. Lalière, 1909.
Terreiros de uma das fazendas de M. Francisco Schmidt, em Ribeirão Preto, SP, com a usina de beneficiamento ao fundo e a colônia no horizonte. 
Fonte: A. Lalière, 1909. In Arquitetura do Café [por] André Argollo.
Muitas fazendas possuem construções antigas em bom estado de conservação, restauradas ou — em alguns casos — reconstruídas por completo. Infelizmente esta não é a realidade de uma grande parte das propriedades rurais, que — por falta de dinheiro ou falta de consideração dos proprietários acabaram perdendo os registros arquitetônicos que outrora lhes embelezavam a arquitetura do café. Todavia, para resgatar a tradição das grandes fazendas cafeeiras, os edifícios que compõem seu conjunto arquitetônico podem conter elementos presentes na arquitetura colonial brasileira. Grandes varandas, amplos telhados com telhas de barro, portas e janelas de madeira coloridas, lambris no teto e ladrilhos hidráulicos são alguns dos exemplos a serem utilizados em novos projetos ou em projetos de restauro/reconstituição. Muitos elementos considerados símbolo das antigas fazendas, como os fogões à lenha, são incorporados nesses projetos não pela praticidade do seu uso, mas sim pelo valor simbólico-arquitetônico que possuem. Obviamente não é necessário se valer de todos estes itens ao mesmo tempo para que se realize o resgate de memória.
Fachada do Museu do Café de Ribeirão Preto [SP].
Vista da varanda de uma das alas do Casarão do Museu do Café de Ribeirão Preto [SP].
No caso da arquitetura do café, eu considero que uma boa arquitetura vai muito além de um bom desenho, pois remete aos cinco sentidos. Na arquitetura do café, o “aroma” é essencial na composição do ambiente — há que sensibilizar o olfato com aromas do café e da fazenda; assim como o tato — textura dos revestimentos, o material que compõe o mobiliário etc.; a luz deve ser bem pensada — o que exige do arquiteto um belo estudo da luminosidade do ambiente para conjugar rural com urbano, tradicional com contemporâneo; a sonoridade também é relevante. Assim também em ambientes urbanos, por exemplo no projeto de uma cafeteria, em que o próprio som do preparo do café, da manipulação das louças, das conversas sempre amenas, tudo isso pode ser muito bem explorado pela boa arquitetura do café. O sabor, nem se fala !
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REFERÊNCIA para citar este Texto:

Argollo Ferrão, A. M. de (2019). Fazendas de Café em Ribeirão Preto [SP]. In: Arquitetura do Café [Blog]. Disponível em: http://arquiteturadocafe.com.br/blog/

REFERÊNCIAS citadas neste Texto:

Argollo Ferrão, A. M. de (2015). Arquitetura do Café (2a. ed.). Campinas: Editora da Unicamp.

Argollo Ferrão, A. M. de (2005). A Fazenda Cafeeira e suas características no tempo e no espaço por elementos arquitetônicos. Revista Cafeicultura, n. 24, out./2005. Disponível em : https://revistacafeicultura.com.br/?mat=5550

Argollo Ferrão, A. M. de (2004). Arquitetura do Café (1a ed.). São Paulo: IMESP; Campinas: Editora da Unicamp.

Belli, B. (1910). Il caffè: il suo paese e la sua importanza. Milão: Ulrico Hoepli. Manuali Hoepli, con 48 tavole, 7 diagrammi e carta delle zone caffeitere.

Benincasa, V. (2010). As casa de fazendas paulistas. Com Ciência. Revista Eletrônica de Jornalismo Científico. Disponível em: http://www.comciencia.br/comciencia/handler.php?section=8&edicao=60&id=759.

Lalière, A. (1909). Le café dans l’état de Saint Paul. Paris: Augustin Challamel.
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Mexido de Ideias apresenta Arquitetura do Café

Olá Pessoal ! Ao navegar pela Internet como sempre faço, visitando sites e blogs interessantes cujo conteúdo sempre acrescenta conhecimento, particularmente a quem aprecia um bom café e tudo o que diz respeito ao bom café, eu encontrei o "Mexido de Ideias" (com sabor de café) ! Belo site, valeu a visita ! Recomendo a todos os apreciadores de um bom café. O "Mexido de Ideias" apresenta um excelente conteúdo nas seguintes abas: receitas / barista / negócios / saúde / cultura / coffeelover / cafés pelo mundo [...]

[...] E foi justamente na aba "cultura" do Mexido de Ideias (com sabor de café) que eu encontrei uma simpática apresentação do meu livro "Arquitetura do Café", cujo teor, muito bem redigido por Lucas Tavares, eu tomei a liberdade de transcrever a vocês neste "post". Vejam a seguir :

"Como todo bom negócio, a produção de café precisa ter uma arquitetura própria. Isso, porque todos os seus processos necessitam de instalações que correspondam com suas demandas. Quem já visitou ou conhece uma fazenda cafeeira sabe! Já para quem nunca teve esse prazer, apresentamos o livro “Arquitetura do café”, de André Argollo, que visa fazer um levantamento histórico sobre as edificações relacionadas à produção do grão [...]
[...] As construções arquitetônicas analisadas fazem parte de fazendas na região de Campinas, estado de São Paulo, e de seus arredores. Todos os detalhes dos projetos são explicados e mostrados ao leitor. Claro, não poderiam faltar diversas ilustrações e fotos atuais e históricas das edificações, muitas das quais já têm mais de dez décadas de vida [...]
[...] Em suas 296 páginas, o livro também esclarece tendências sociais da época usando como base a própria arquitetura das fazendas. As edificações também são usadas para desvendar diretrizes econômicas da região que um dia já foi um dos centros de produção de café no país".
Por : Lucas Tavares
Escrito para o site "Mexido de Ideias", onde você encontra dicas culturais para apaixonados por café, sugestões cafeinadas de livros, filmes, cursos e perfis em redes sociais, e trabalhos de artistas que demonstram amor pelo café com muito talento.

Visitem o site "Mexido de Ideias" com sabor de café !
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As pesquisas que deram origem ao livro Arquitetura do Café remetem à trajetória da rubiácea desde a África até São Paulo, território onde eu concentro as minhas análises. O café e a arquitetura de muitas fazendas cafeeiras compõem cenas e cenários que no livro eu procurei retratar a partir de uma linguagem baseada no "Pensamento Orientado a Processos". Além disso, o livro apresenta as técnicas que se refletiam nos projetos, e as várias tarefas que demandavam uma arquitetura específica : a da fazenda de café. A ideia foi tentar desvendar tendências e diretrizes sociais e econômicas e seus reflexos sobre a "arquitetura do café" numa obra textual e iconográfica de elevada categoria e complexidade.
Recentemente iniciamos uma nova fase do projeto "Arquitetura do Café", ampliando-o e incorporando em uma linguagem digital, transformando-o em um site que abriga este blog com o objetivo de abordar diferentes aspectos da cultura cafeeira, não somente com base no conteúdo do livro, mas também abrindo para novas pautas, a fim de compartilhar informações e vivências.
Bem vindos ao "Arquitetura do Café" <http://www.arquiteturadocafe.com.br>
Visitem @arquiteturadocafe e o canal YouTube "Arquitetura do Café"
#arquiteturadocafe
Conheçam e frequentem o "Mexido de Ideias" <http://www.mexidodeideias.com.br>
[...] com sabor de café !!!
Abçs.,
André Argollo
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Arquitetura do Café e das cafeterias

Um bom café há de ser bem saboreado em um ambiente aconchegante. Os tipos especiais de grãos, torras e blends movimentam uma grande cadeia de serviços: as cafeterias. A arquitetura do café é marcada pelo passado das grandes fazendas e pelo rico conjunto de construção que as compõem, imponentes e poderosas, reservando o charme dos tempos antigos e as características aprazíveis e aconchegantes de um bom ambiente familiar. Mas também é marcada, sem dúvida, pelos ambientes aconchegantes e contemporâneos das cafeterias que se apresentam nas grandes cidades do Brasil e do mundo.

La Mercerie Cafe & Bar New York [EUA]. Fonte: https://www.lamerceriecafe.com
Nas grandes cidades do mundo todo, as cafeterias representam uma faceta importante do comércio em torno do café, levando para espaços charmosos e aconchegantes alguns dos mais significativos elementos arquitetônicos e culturais das suntuosas fazendas de café. A boa arquitetura do café procura enxergar as mudanças de comportamento dos consumidores e as replicam nos projetos arquitetônicos das cafeterias, que investem no design de interiores para criar espaços que remetam às tradições de família, a casa dos avós e as antigas fazendas cafeeiras.
Imagem de cima : Cafeteria da Pousada Solar da Ópera, em Ouro Preto [MG] Brasil.
Imagem de baixo : Cafeteria Fika Cafés Especiais, em São José dos Campos [SP] Brasil. Fonte: Revista Espresso.
Os elementos da arquitetura do café e da decoração das cafeterias devem despertar os sentidos, a memória, as lembranças que invariavelmente vêm à mente e se materializam com o prazer de degustar a bebida. A arquitetura do café há de inspirar a sensação de acolhimento nos sublimes momentos de pausa, descanso ou de boas conversas. A decoração promove ambientes especiais de cafeteria, com cadeiras confortáveis e acolhedoras, poltronas e sofás, dispostos sob iluminação adequada e ventilação controlada.
Imagens de cima e de baixo : Cafeteria da Pinacoteca de Brera, em Milão [Italia].
Fotos: Michele Nastasi/Divulgação.
Fonte: https://www.gazetadopovo.com.br/haus/arquitetura/novo-cafe-pinacoteca-brera-milao-enaltece-arquitetura-design-1950-rgastudio/
Nada de usar luz fria, opte por elementos de madeira, ferro trabalhado, peças de demolição e objetos artesanais. Procure conjugar o antigo e tradicional com linhas contemporâneas sem abrir mão das características rurais das regiões cafeeiras do Brasil. Texturas e tecidos obtidos com tijolos de demolição ou cestarias, plantas naturais ou pequenos arranjos trazem a natureza para o ambiente interno. A decoração pode seguir uma linha contemporânea com linhas retas e móveis modernos bastando a presença de uma parede de tijolos ou peças de demolição para proporcionar um ar nostálgico dos antigos casarões e rurais.
Chelsea Cafe, em Curitiba [PR] Brasil. Foto: Leticia Akemi/Gazeta do Povo.
Fonte: https://www.gazetadopovo.com.br/haus/arquitetura/dez-cafes-com-decoracao-legal-para-conhecer-no-fim-de-semana-em-curitiba/
REFERÊNCIA para citar este Texto:
Argollo Ferrão, A. M. de (2019). Arquitetura do café e das cafeterias [Blog]. Disponível em http://www.arquiteturadocafe.com.br/blog
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Café, uma bebida estimulante

O uso do café generalizou-se na Europa a partir do século XVII, após o reconhecimento como bebida estimulante e propícia ao aumento da capacidade física e intelectual dos consumidores. Foi, dentre as três bebidas introduzidas no “Velho Continente” após a época dos descobrimentos (café, chá e cacau), a que se mostrou mais adequada “para a melhoria da produção humana” (Simonsen, 1940).

Ver referência R. C. Simonsen (1940) em Arquitetura do Café.

Argollo Ferrão (2015). Arquitetura do Café (2a. ed.). Campinas : Editora da Unicamp.

O cafeeiro. Ilustração botânica da espécie Coffea arabica. Classificação científica [Reino - Plantae / Divisão - Magnoliophyta / Classe - Magnoliopsida / Ordem - Gentianales / Família - Rubiaceae / Gênero - Coffea]. Fonte: Wikipedia.
Louis Couty, um importante biólogo francês que viveu no Brasil durante o século XIX e produziu vários e significativos trabalhos sobre o cafeeiro e questões correlatas, afirmou ser o café [...] "superior ao álcool e aos estimulantes excitantes, pois que provoca fenômenos verdadeiramente capitais na constituição dos tecidos. As experiências, confirmando ao café suas qualidades de verdadeiro alimento, vieram realçar o seu papel como fator do desenvolvimento de maior atividade nos processos químicos azotados, os mais aptos a fornecer força aos homens superiores; é evidente a utilidade dessa bebida para as raças civilizadas, cuja atuação se torna dia a dia mais ativa" (Couty, 1883).
Referências:
L. Couty, Biologie industrialle du café, apud A. d’E. Taunay, História do café no Brasil. Rio de Janeiro: DNC, 1939-1943.
Argollo Ferrão (2015). Arquitetura do Café (2a. ed.). Campinas : Editora da Unicamp.
Couty, L. (1883). Le Café. Étude de Biologie Industrialle du Café. Rio de Janeiro: l’Ecole Polytechnique.
Página de rosto do mencionado estudo de Louis Couty publicado em 1883 sobre a Biologia Industrial do Café. Referência: Couty, L. (1883). Le Café. Étude de Biologie Industrialle du Café. Rio de Janeiro: l'Ecole Polytechnique. [Rapport adressé à M. le Directeur de l'Ecole Polytechnique].
De fato, já no final do século XIX o café passa a ser reconhecido como um alimento estimulante e revigorante. Tal reconhecimento se dá a partir de diversas pesquisas científicas como as que o biólogo Luis Couty realizou, sendo o introdutor do campo de estudo da fisiologia experimental no Brasil. Couty escreveu livros sobre a escravidão, artigos sobre o café, relatórios sobre a erva mate, sempre com o enfoque da ciência, de acordo com o pensamento da época (Stahl, 2016). Moisés Stahl entende Couty como um mediador das ideias novas que chegaram ao país a partir da década de 1870, operadas em uma das disciplinas em que ele atuava, a Biologia Industrial, mesclando os conceitos evolucionistas da época à realidade produtiva e social do Brasil, lançando teses sobre o país e seu povo.

Referência: Stahl, M. (2016). Louis Couty e o Império do Brasil. Santo André: Editora UFABC.

Sobre a capacidade estimulante do café, no blog de Marcelo Toledo você encontra informações adicionais. Toledo explica que, de fato, a característica mais conhecida do café é a sua capacidade estimulante, graças à cafeína presente em sua composição. Doses baixas ou moderadas podem reduzir a sensação de sonolência e cansaço, e levar a uma importante melhora na concentração, estado de alerta e energia. A melhora cognitiva e psicomotora que o café promove é reconhecida cientificamente e respaldada por centros de pesquisa em diversos países do mundo. O café, contudo, pode causar efeitos nocivos se ingerido em excesso, como a dependência e azia. Há de ser consumido, como todo alimento, obedecendo-se a um bom senso e moderação. O café é reconhecidamente uma bebida estimulante, natural e saborosa, pode ser considerado um alimento nutritivo, diurético, que combate cefaleias e ajuda no controle de peso.

Toledo, M. (Blog). Café: o melhor estimulante do mundo. Disponível em http://marcelotoledo.com/cafe-o-melhor-estimulante-do-mundo/ Acesso em 02 nov. 2019.

REFERÊNCIA para citar este Texto:
Argollo Ferrão, A. M. de (2015). Arquitetura do Café (2a. ed., Prefácio). Campinas : Editora da Unicamp.
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11. Origem afro-árabe do café

A mais antiga narrativa de que se tem notícia sobre o café como produto consumido em determinada escala encontrava-se, no tempo de John Ellis, na biblioteca do rei da França, sob o número 944. Trata-se de um manuscrito árabe sobre sua introdução como bebida na região, no século XV da Era Cristã, atribuída a um tal Gemaleddin, que numa de suas viagens teria visto vários nativos tomando a bebida. Em seu regresso, teria trazido a novidade.

Ver referência John Ellis em Arquitetura do Café.

Argollo Ferrão (2015). Arquitetura do Café (2a. ed.). Campinas : Editora da Unicamp.

 

 

As origens do café: uma cena de homens consumindo café no mundo árabe.
A Etiópia é tida como o país de origem do café. Daí, ele teria migrado para a Arábia, em data não estabelecida corretamente. Admite-se, contudo, que já no século XV os árabes tomavam café, cabendo a eles a exclusividade da lavoura até o século XVII. Assim, se considerarmos esta a primeira região em que o uso do café se difundiu em larga escala, pode-se dizer que a denominação de uma de suas principais espécies comerciais – Coffea arabica – é bastante apropriada.
Kaldi e seu rebanho – Lenda do Café. Trata-se de uma imagem amplamente difundida na Internet. A história do café começa na região da antiga Abissínia, também conhecida como Império Etíope, atualmente Etiópia. Uma das lendas mais difundidas sobre as origens do café vem do século VI de manuscritos encontrados no Iêmen datados de 575 d.C. / "O pastor Kaldi observou que suas cabras ficavam alegres e cheias de energia depois que mastigavam os frutos de coloração amarelo-avermelhada dos arbustos abundantes dos campos. Kaldi, então comenta com um monge da região que resolve experimentar os frutos e prepará-los na forma de infusão. Daí começa a trajetória da bebida. Os árabes então dominam rapidamente as técnicas de plantio e preparo do café. As plantas são chamadas de Kaweh e a bebida de Kahwah ou Cahue que significa “Força” em árabe. Habitantes do Iêmen faziam infusão com o café e cerejas fervidas em água, normalmente para fins medicinais. Nessa época também monges utilizavam a bebida para ajudá-los nas rezas e vigílias noturnas". Fontes: ABIC - Associação Brasileira da Indústria do Café / História do Café de Ana Luiza Martins / História do Café no Brasil (15 vols.) de Affonso d'E. Taunay / Arquitetura do Café de André Argollo.
Ao ser levado para o Iêmen em fins do século XV, o café encontrou na aldeia de Moka seu grande polo de difusão. O preparo da bebida pelo uso das sementes cabe exclusivamente aos árabes, que, dessa forma, já no século XVI, podem ser considerados os autênticos descobridores do café tal como o conhecemos hoje em dia (uma bebida obtida por infusão de grãos, torrados e moídos, em água quente).

Ver Texto e referências em: Argollo Ferrão, A. M. de (2015). Arquitetura do Café (2a. ed.). Campinas: Editora da Unicamp.

Café na Palestina em 1900. Imagem estereoscópica de Keystone View Company. Fonte: Wikipedia.
Levada para Meca entre 1470 e 1500, a bebida teve excelente receptividade. Logo apareceriam na cidade os "Kavehkanes", os primeiros cafés do mundo, onde se cantava e dançava, se jogava xadrez e, principalmente, se discutiam as novidades. Surgiriam também opositores, que perseguiriam consumidores e fornecedores da bebida, havendo registros de depredações de cafés já em 1533. No Egito, o café também fez sucesso e, na Turquia, seu consumo foi cercado de luxo e refinamento. Constantinopla possuía alguns dos cafés mais requintados, onde os frequentadores, no começo do século XVII, se inebriavam com os vapores do tabaco, cuja introdução deveu-se aos holandeses que traziam o fumo do Brasil (Taunay, 1939-1943).
Uma Casa de Café na Turquia, em Constantinopla. Tela de Aloysius R. A. R. Andreas (1816-1882). A Turkish Coffee-House, Constantinople. Preziosi, Aloysius Rosarius Amadeus Raymondus Andreas 5th Count Preziosi, born 1816 - died 1882.

Taunay, A. d’E. (1939-1943). História do Café no Brasil (15 vols.). Rio de Janeiro: Departamento Nacional do Café.

REFERÊNCIA para citar este Texto:
Argollo Ferrão, A. M. de (2015). Arquitetura do Café (2a. ed., Prefácio). Campinas : Editora da Unicamp.
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Fazenda de Café : um sistema produtivo integrado

Ao se tratar de um sistema produtivo, seja ele industrial, comercial, agrícola ou mesmo artesanal, deve-se ter em mente questões pertinentes ao universo em que ele se insere, e que são ora determinantes, ora resultantes de sua evolução. Tal é o caso das relações existentes entre Técnica e Arquitetura presentes num sistema destinado à produção: um pode influenciar a evolução do outro, porém, ambos desenvolvem-se coerentemente com o perfil do sistema produtivo em que estão inseridos. É isto o que se pretende demonstrar com a pesquisa que gerou o livro Arquitetura do Café.

Fazenda do Secretário, em Vassouras [RJ], um dos mais iconográficos exemplos do período áureo do Vale do Paraíba. Chegou a possuir cerca de 500 mil pés de café e mais de 350 escravos. Litogravura de Louis-Jullien Jacottet, 1861. Domínio público, Biblioteca Nacional Digital.
Partindo-se da hipótese de que há uma forte ligação entre a arquitetura das fazendas e as técnicas empregadas no processo produtivo do café, pode-se reconhecer a “arquitetura da produção” das regiões onde se empregaram processos definidos por um semelhante estágio de desenvolvimento técnico, e condições sócio-econômicas parecidas. Para se compreender a correlação entre Técnica e Arquitetura, no estudo que gerou o conteúdo do livro Arquitetura do Café, tomou-se como cenário as fazendas de café do interior paulista no período entre 1850 e 1950.
Litografia da Fazenda Ibicaba, de autor desconhecido. Coleção Paulo Levy. O núcleo industrial da fazenda caracteriza um cenário de plena integração entre as técnicas empregadas no processo produtivo do café e a arquitetura correspondente.
Heflinger Jr., J. E. (2014). O sistema de parceria e a imigração europeia. Limeira: Unigráfica.
Mendes, F. L. R. (2017). Ibicaba revisitada outra vez: espaço, escravidão e trabalho livre no oeste paulista.
Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material, 25(1), 301-357. https://dx.doi.org/10.1590/1982-02672017v25n0112
Assim, definiu-se por complexo produtivo das fazendas cafeeiras, o conjunto formado por terreiro, tulha e casa das máquinas (o qual passaremos a chamar de núcleo industrial da fazenda), mais o cafezal. Por analogia, quando se mencionar a arquitetura deste complexo, ou seja, a arquitetura do complexo produtivo da fazenda cafeeira, pretende-se abranger a arquitetura do núcleo industrial e a arquitetura do cafezal.
Arquitetura do Núcleo Industrial da Fazenda Santa Genebra, em Campinas [SP]. Os terreirões de secagem de café nas proximidades da sede, da tulha e da casa de máquinas eram típicos do empreendimento cafeeiro. In: Engenhos e Fazendas de Café em Campinas (Séc. XVIII - Séc XX). Uso amparado pela Lei 9619/98.

Silva, A. P. da (2006). Engenhos e fazendas de café em Campinas (séc. XVIII – séc. XX). Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material, 14(1), 81-119. https://dx.doi.org/10.1590/S0101-47142006000100004

Arquitetura do Núcleo Industrial da Fazenda Conceição, em São Pedro [SP]. Secagem de café em terreiros de uma pequena plantação no início do século XX. Fonte: Arquitetura do Café [por] André Argollo / A. Lalière, 1909.

Argollo Ferrão, A. M. de (2015). Arquitetura do Café (2a. ed.). Campinas: Editora da Unicamp.

Lalière, A. (1909). Le café dans l’état de Saint Paul. Paris: Augustin Challamel.

Arquitetura do Cafezal. Trabalhadores na colheita do café no final do século XIX. É possível observar as características da arquitetura do cafezal a partir do alinhamento dos cafeeiros, da altura de cada pé de café, da conformação da paisagem correspondente.

Agassiz, J. L. R., & Agassiz, E. C. (1899). Album de Vues du Brésil. Paris: A. Lahure. Original pertence à BNDigital http://bndigital.bn.gov.br/acervodigital/ Disponível em História & Outras Histórias (Blog de Marta Iansen) https://martaiansen.blogspot.com/2016/01/colheita-do-cafe.html Acesso em 28 out./2019.

Arquitetura do cafezal. Mulheres trabalhadoras no cafezal em pleno século XXI. As características da arquitetura do cafezal podem ser observadas pelo alinhamento dos cafeeiros, altura dos pés de café, e pela conformação da paisagem resultante.

Arzabe, C. et al. (Ed. técnicas) (2017). Mulheres dos cafés no Brasil. Brasília: Embrapa. E-book: il. color. ISBN 978-85-7035-729-8 Disponível em http://www.sapc.embrapa.br/arquivos/consorcio/publicacoes_tecnicas/mulheres-dos-cafes-no-brasil-convertido.pdf Acesso em 28 out./2019.

Portanto, é muito importante verificar-se a influência que a evolução técnica do maquinário empregado no processo de beneficiamento do café possa ter exercido sobre a arquitetura do núcleo industrial das fazendas, e que implicações isto pode ter gerado em todo o conjunto. Desse modo, a integração entre Técnica e Arquitetura no sistema espacial "fazenda de café" é essencial para a compreensão do processo de conformação da paisagem produtiva resultante.
REFERÊNCIA para citar este Texto:
Argollo Ferrão, A. M. de (2015). Arquitetura do Café (2a. ed., Prefácio). Campinas : Editora da Unicamp.
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Fazenda de Café : uma arquitetura distinta

O ciclo do café modificou radicalmente a estrutura social e econômica do Brasil conduzindo-o na direção de um rápido e profundo processo de urbano-industrialização que, praticamente, moldou o perfil da sociedade contemporânea brasileira. Contudo, o reflexo deste ciclo não se restringiu apenas a tal âmbito, mas abrangeu também o desenho da estrutura física das diversas regiões por onde a rubiácea passou.

Reprodução de um cartão-postal de São Paulo mostrando o Vale do Anhangabaú entre os anos 1940 e 1970.
Fonte: http://museudaimigracao.org.br/cartao-postal-da-cidade-de-sao-paulo/
O Estado de São Paulo foi o cenário das maiores transformações provocadas pelo café entre os anos de 1850 e 1950. De Capitania da Colônia desprovida de riquezas e poder político, os quais se concentravam em Pernambuco, Bahia, Rio de Janeiro, e Minas Gerais, tornou-se, neste período de cem anos, o Estado mais desenvolvido do país. Antes de 1850, porém, ocorreu no território paulista o importante ciclo do açúcar que, embora sem alcançar a magnitude do nordestino, foi suficiente para preparar-lhe a infraestrutura para que, depois, a cafeicultura penetrasse e se consolidasse até o final do Império.
Terreiro, tulha e casa de máquinas.
O complexo produtivo da Fazenda Santa Gertrudes na primeira década do século XX, propriedade do Conde de Prates, localizada no atual município de Santa Gertrudes [SP].
Fonte: Arquitetura do Café [por] André Argollo / Coleção Sacop, Arquivos Especiais, CMU.
Fazenda Santa Gertrudes. Fundada em 1854, a fazenda localizada em Santa Gertrudes retrata fielmente toda a grandeza do período áureo do Café e a chegada dos imigrantes italianos no Brasil. Santa Gertrudes [SP] (Circuito Fazendas Históricas). Localização: S 22º28.730’ – W 47º30.774’. Foto: Rubens Chiri.
Fazenda Santa Gertrudes. A fazenda com sua arquitetura centenária em estilo francês remete aos tempos aureos do café da colheita ao embarque na estação do trem. A sua antiga tulha de armazenamento foi adaptada para a realização de eventos, sendo um concorrido local para a celebração de casamentos na região. Santa Gertrudes [SP]. (Circuito Fazendas Históricas). Localização: S 22º28.730’ – W 47º30.774’. Foto: Rubens Chiri.
As regiões do Vale do Paraíba e de Campinas foram as que primeiro se beneficiaram da riqueza gerada pela produção da rubiácea no Estado e, portanto, é onde se encontram ricos exemplares de uma arquitetura distinta: a da fazenda de café. A partir da década de 1890, tendo São Paulo como a metrópole que polarizaria os negócios da espetacular produção dessa commodiy, as grandes empresas agrícolas do Oeste Paulista, localizadas principalmente na região de Ribeirão Preto, caracterizaram-se por uma arquitetura diferente daquela que se praticava no Vale do Paraíba. Nestes magníficos espaços de produção, o café vicejou e gerou riquezas até a Crise de 1929.
A Revolução de 1930 determinou a perda de poder dos empresários ligados à economia primário-exportadora, representados, principalmente, pelos fazendeiros paulistas e mineiros. Mas a expansão da cafeicultura permaneceu vigorosa, agora na direção do chamado Oeste Novo Paulista que passaria a representar a fronteira agrícola até a década de 1950.
Muro de pedras em primeiro plano. Ao fundo pode-se observar uma parte da fachada das ruínas do casarão da Fazenda Jambeiro, em Campinas [SP].
Foto: André Argollo / Campinas, 2017.
Nos últimos 50 anos, consubstanciou-se na capital do Estado de São Paulo uma metrópole moderna e mundialmente conhecida, e no seu hinterland, diversas cidades cujas estruturas físicas ergueram-se baseadas nas necessidades da economia cafeeira em diferentes períodos históricos. Porém, convém salientar que, de fato, o processo produtivo do café desenrolou-se, ao longo do tempo, em unidades empresariais que tinham uma configuração territorial própria, com sua infra-estrutura de construções civis desenhada e implantada segundo uma arquitetura específica e original: a das fazendas de café.
O livro Arquitetura do Café pretende elaborar a questão da evolução da arquitetura de um espaço de produção, tomando por objeto as fazendas de café do estado de São Paulo, vistas como unidades produtivas de um sistema integrado, de modo a se estabelecerem correlações entre técnica e arquitetura.
REFERÊNCIA
Argollo Ferrão, A. M. de (2015). Arquitetura do Café (2a. ed.). Campinas : Editora da Unicamp.
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