[vc_row][vc_column][vc_custom_heading text=”O livro Arquitetura do Café mostra que as fazendas de café possuem uma arquitetura específica e original. Tal arquitetura assume determinadas características de acordo com a região cafeeira e com o período em que foi concebida ou para o qual foi adaptada. O conjunto arquitetônico de uma fazenda cafeeira é formado pelo núcleo industrial (terreiros, tulhas e casa de máquinas), núcleos habitacionais (casa-grande e senzala, ou a casa sede e as colônias), os núcleos compostos por edifícios e instalações destinados a abrigar atividades complementares e suplementares da fazenda, como viveiros e casas de vegetação, barracões, serrarias e oficinas, pequenos currais, silos e armazéns etc., e — por fim — a arquitetura da paisagem resultante, composta pelo próprio cafezal, assim como todo o campo cultivado, que guardam em seu desenho essa arquitetura do café — original e específica, que se complementa com a existência ou não de remanescentes de mata ou áreas de recomposição, áreas de pastagens com suas subdivisões por valos ou cercas, cursos dágua, etc.” font_container=”tag:h2|font_size:100%25|text_align:left” google_fonts=”font_family:Oswald%3A300%2Cregular%2C700|font_style:300%20light%20regular%3A300%3Anormal” css=”.vc_custom_1574360925382{padding-top: 2% !important;}”][vc_single_image image=”2014″ img_size=”full” css=”.vc_custom_1574361583247{margin-bottom: 0% !important;border-bottom-width: 0% !important;padding-top: 2% !important;padding-bottom: 0% !important;}”][vc_custom_heading text=”Antigas casas de colônia em fazenda de café de Ribeirão Preto `{`SP`}`. Fonte: Edson Silva / Direitos autorais: @folhapress 2010 — todos direitos reservados à Folhapress — AII R.” font_container=”tag:h5|font_size:70%25|text_align:left” google_fonts=”font_family:Oswald%3A300%2Cregular%2C700|font_style:300%20light%20regular%3A300%3Anormal” css=”.vc_custom_1574369850923{margin-top: 0% !important;border-top-width: 0% !important;padding-top: 1% !important;}”][vc_custom_heading text=”A arquitetura e a organização das grandes propriedades de produção do café e a influência delas na ordenação do território paulista se relacionam intimamente com o processo produtivo do café, que integra vários subprocessos realizados em unidades físicas bem definidas e caracterizadas no tempo e no espaço por elementos arquitetônicos originais e específicos, resultando uma arquitetura específica e original: a da fazenda cafeeira. O desenvolvimento tecnológico, ao impor transformações no programa de atividades do espaço da produção da fazenda de café, coevolui com a arquitetura no âmbito do seu sistema produtivo. A evolução técnico-científica exigiu adaptações no espaço destinado a abrigar cada atividade dentro e fora da fazenda cafeeira, alterando-lhe a forma; ou incrementando-lhe, restringindo-lhe, e até suprimindo-lhe a função.” font_container=”tag:h5|font_size:100%25|text_align:left” google_fonts=”font_family:Oswald%3A300%2Cregular%2C700|font_style:300%20light%20regular%3A300%3Anormal” css=”.vc_custom_1574361747803{padding-top: 7% !important;}”][vc_single_image image=”2015″ img_size=”full” css=”.vc_custom_1574362929017{margin-top: 0% !important;margin-bottom: 0% !important;border-top-width: 0% !important;border-bottom-width: 0% !important;padding-top: 2% !important;padding-bottom: 0% !important;}”][vc_custom_heading text=”Fazenda Monte Alegre. Desapropriada pelo Governo Estadual, em 1948, as terras da fazenda passaram a constituir o patrimônio da Universidade de São Paulo. Hoje serve como sede de dois museus: Histórico e do Café. Ribeirão Preto `{`SP`}`. Foto: Rubens Chiri. Fonte: Banco de Imagens do Estado de São Paulo.” font_container=”tag:h5|font_size:70%25|text_align:left” google_fonts=”font_family:Oswald%3A300%2Cregular%2C700|font_style:300%20light%20regular%3A300%3Anormal” css=”.vc_custom_1574369920832{margin-top: 0% !important;border-top-width: 0% !important;padding-top: 1% !important;}”][vc_custom_heading text=”Durante o período em que o café foi a principal indústria brasileira (de meados do século XIX a meados do século XX) a arquitetura das fazendas cafeeiras evoluiu de acordo com as transformações culturais, tecnológicas, socioeconômicas, políticas, ocorridas na sociedade. Na região de Ribeirão Preto, as fazendas passaram por diversas modificações.” font_container=”tag:h5|font_size:100%25|text_align:left” google_fonts=”font_family:Oswald%3A300%2Cregular%2C700|font_style:300%20light%20regular%3A300%3Anormal” css=”.vc_custom_1574363035497{padding-top: 7% !important;}”][vc_custom_heading text=”Entre as principais mudanças relacionam-se as seguintes: a casa-grande e a senzala são substituídas por sedes rodeadas de jardins e casas de colônia; dá-se também a substituição dos equipamentos primitivos por máquinas industriais movidas a água, e depois a vapor ou eletricidade; o advento da ferrovia ao invés das “tropas de muares“ exige a construção de pequenas plataformas de embarque próximas aos armazéns e às colônias da fazenda; e o núcleo industrial agiganta-se transformando-se no principal componente arquitetônico da grande empresa produtora de café.” font_container=”tag:h5|font_size:100%25|text_align:left” google_fonts=”font_family:Oswald%3A300%2Cregular%2C700|font_style:300%20light%20regular%3A300%3Anormal” css=”.vc_custom_1574363082899{padding-top: 7% !important;}”][vc_custom_heading text=”A casa-grande e a senzala foram substituídas por sedes rodeadas de jardins e casas de colônia; a construção da ferrovia exigiu a implantação de pequenas plataformas de embarque próximas aos armazéns e às colônias da fazenda; o núcleo industrial cresceu, transformando-se no principal componente arquitetônico da fazenda. Da mesma forma, em outras regiões cafeeiras pode-se observar diferentes mudanças, de acordo com o contexto regional e com o período que se analisa.” font_container=”tag:h5|font_size:100%25|text_align:left” google_fonts=”font_family:Oswald%3A300%2Cregular%2C700|font_style:300%20light%20regular%3A300%3Anormal” css=”.vc_custom_1574363136998{padding-top: 7% !important;}”][vc_single_image image=”2016″ img_size=”full” css=”.vc_custom_1574364140404{margin-top: 0% !important;margin-bottom: 0% !important;border-top-width: 0% !important;border-bottom-width: 0% !important;padding-top: 1% !important;padding-bottom: 0% !important;}”][vc_custom_heading text=”Casa-sede da Fazenda Boa Vista, em Ribeirão Preto `{`SP`}`, construção do final do século XIX. Foto: Vladimir Benincasa. Fonte: Benincasa, V. (2010). As casa de fazendas paulistas. Com Ciência. Revista Eletrônica de Jornalismo Científico. Disponível em: http://www.comciencia.br/comciencia/handler.php?section=8&edicao=60&id=759″ font_container=”tag:h5|font_size:70%25|text_align:left” google_fonts=”font_family:Oswald%3A300%2Cregular%2C700|font_style:300%20light%20regular%3A300%3Anormal” css=”.vc_custom_1574369032457{margin-top: 0% !important;border-top-width: 0% !important;padding-top: 1% !important;}”][vc_single_image image=”2018″ img_size=”full” css=”.vc_custom_1574366358170{margin-top: 0% !important;margin-bottom: 0% !important;border-top-width: 0% !important;border-bottom-width: 0% !important;padding-top: 1% !important;padding-bottom: 0% !important;}”][vc_custom_heading text=”Fazenda Schmidt, Ribeirão Preto, SP. Fonte: A. Lalière, 1909; B. Belli, 1910. In Arquitetura do Café `{`por`}` André Argollo / A. Lalière, 1909.” font_container=”tag:h5|font_size:70%25|text_align:left” google_fonts=”font_family:Oswald%3A300%2Cregular%2C700|font_style:300%20light%20regular%3A300%3Anormal” css=”.vc_custom_1574366436144{margin-top: 0% !important;border-top-width: 0% !important;padding-top: 1% !important;}”][vc_single_image image=”2019″ img_size=”full” css=”.vc_custom_1574366605242{margin-top: 0% !important;margin-bottom: 0% !important;border-top-width: 0% !important;border-bottom-width: 0% !important;padding-top: 1% !important;padding-bottom: 0% !important;}”][vc_custom_heading text=”Terreiros de uma das fazendas de M. Francisco Schmidt, em Ribeirão Preto, SP, com a usina de beneficiamento ao fundo e a colônia no horizonte. 
Fonte: A. Lalière, 1909. In Arquitetura do Café `{`por`}` André Argollo.” font_container=”tag:h5|font_size:70%25|text_align:left” google_fonts=”font_family:Oswald%3A300%2Cregular%2C700|font_style:300%20light%20regular%3A300%3Anormal” css=”.vc_custom_1574366757572{margin-top: 0% !important;border-top-width: 0% !important;padding-top: 1% !important;}”][vc_custom_heading text=”Muitas fazendas possuem construções antigas em bom estado de conservação, restauradas ou — em alguns casos — reconstruídas por completo. Infelizmente esta não é a realidade de uma grande parte das propriedades rurais, que — por falta de dinheiro ou falta de consideração dos proprietários acabaram perdendo os registros arquitetônicos que outrora lhes embelezavam a arquitetura do café. Todavia, para resgatar a tradição das grandes fazendas cafeeiras, os edifícios que compõem seu conjunto arquitetônico podem conter elementos presentes na arquitetura colonial brasileira. Grandes varandas, amplos telhados com telhas de barro, portas e janelas de madeira coloridas, lambris no teto e ladrilhos hidráulicos são alguns dos exemplos a serem utilizados em novos projetos ou em projetos de restauro/reconstituição. Muitos elementos considerados símbolo das antigas fazendas, como os fogões à lenha, são incorporados nesses projetos não pela praticidade do seu uso, mas sim pelo valor simbólico-arquitetônico que possuem. Obviamente não é necessário se valer de todos estes itens ao mesmo tempo para que se realize o resgate de memória.” font_container=”tag:h5|font_size:100%25|text_align:left” google_fonts=”font_family:Oswald%3A300%2Cregular%2C700|font_style:300%20light%20regular%3A300%3Anormal” css=”.vc_custom_1574366099585{padding-top: 1% !important;}”][vc_single_image image=”2020″ img_size=”full” css=”.vc_custom_1574367865475{margin-top: 0% !important;margin-bottom: 0% !important;border-top-width: 0% !important;border-bottom-width: 0% !important;padding-top: 1% !important;padding-bottom: 0% !important;}”][vc_custom_heading text=”Fachada do Museu do Café de Ribeirão Preto `{`SP`}`.” font_container=”tag:h5|font_size:70%25|text_align:left” google_fonts=”font_family:Oswald%3A300%2Cregular%2C700|font_style:300%20light%20regular%3A300%3Anormal” css=”.vc_custom_1574367899981{margin-top: 0% !important;border-top-width: 0% !important;padding-top: 1% !important;}”][vc_single_image image=”2021″ img_size=”full” css=”.vc_custom_1574368069631{margin-top: 0% !important;margin-bottom: 0% !important;border-top-width: 0% !important;border-bottom-width: 0% !important;padding-top: 1% !important;padding-bottom: 0% !important;}”][vc_custom_heading text=”Vista da varanda de uma das alas do Casarão do Museu do Café de Ribeirão Preto `{`SP`}`.” font_container=”tag:h5|font_size:70%25|text_align:left” google_fonts=”font_family:Oswald%3A300%2Cregular%2C700|font_style:300%20light%20regular%3A300%3Anormal” css=”.vc_custom_1574367987094{margin-top: 0% !important;border-top-width: 0% !important;padding-top: 1% !important;}”][vc_custom_heading text=”No caso da arquitetura do café, eu considero que uma boa arquitetura vai muito além de um bom desenho, pois remete aos cinco sentidos. Na arquitetura do café, o “aroma” é essencial na composição do ambiente — há que sensibilizar o olfato com aromas do café e da fazenda; assim como o tato — textura dos revestimentos, o material que compõe o mobiliário etc.; a luz deve ser bem pensada — o que exige do arquiteto um belo estudo da luminosidade do ambiente para conjugar rural com urbano, tradicional com contemporâneo; a sonoridade também é relevante. Assim também em ambientes urbanos, por exemplo no projeto de uma cafeteria, em que o próprio som do preparo do café, da manipulação das louças, das conversas sempre amenas, tudo isso pode ser muito bem explorado pela boa arquitetura do café. O sabor, nem se fala !
_________________________________________________________________________________________________” font_container=”tag:h5|font_size:100%25|text_align:left” google_fonts=”font_family:Oswald%3A300%2Cregular%2C700|font_style:300%20light%20regular%3A300%3Anormal” css=”.vc_custom_1574371072799{padding-top: 1% !important;}”][vc_custom_heading text=”REFERÊNCIA para citar este Texto:

Argollo Ferrão, A. M. de (2019). Fazendas de Café em Ribeirão Preto `{`SP`}`. In: Arquitetura do Café `{`Blog`}`. Disponível em: https://arquiteturadocafe.com.br/blog/” font_container=”tag:h5|font_size:80%25|text_align:left” google_fonts=”font_family:Oswald%3A300%2Cregular%2C700|font_style:300%20light%20regular%3A300%3Anormal” css=”.vc_custom_1574371047635{margin-top: 0% !important;border-top-width: 0% !important;padding-top: 6% !important;}”][vc_custom_heading text=”REFERÊNCIAS citadas neste Texto:

Argollo Ferrão, A. M. de (2015). Arquitetura do Café (2a. ed.). Campinas: Editora da Unicamp.

Argollo Ferrão, A. M. de (2005). A Fazenda Cafeeira e suas características no tempo e no espaço por elementos arquitetônicos. Revista Cafeicultura, n. 24, out./2005. Disponível em : https://revistacafeicultura.com.br/?mat=5550

Argollo Ferrão, A. M. de (2004). Arquitetura do Café (1a ed.). São Paulo: IMESP; Campinas: Editora da Unicamp.

Belli, B. (1910). Il caffè: il suo paese e la sua importanza. Milão: Ulrico Hoepli. Manuali Hoepli, con 48 tavole, 7 diagrammi e carta delle zone caffeitere.

Benincasa, V. (2010). As casa de fazendas paulistas. Com Ciência. Revista Eletrônica de Jornalismo Científico. Disponível em: http://www.comciencia.br/comciencia/handler.php?section=8&edicao=60&id=759.

Lalière, A. (1909). Le café dans l’état de Saint Paul. Paris: Augustin Challamel.
_________________________________________________________________________________________________” font_container=”tag:h5|font_size:80%25|text_align:left” google_fonts=”font_family:Oswald%3A300%2Cregular%2C700|font_style:300%20light%20regular%3A300%3Anormal” css=”.vc_custom_1574370882033{margin-top: 0% !important;border-top-width: 0% !important;padding-top: 6% !important;}”][/vc_column][/vc_row][vc_row css=”.vc_custom_1568752408905{padding-top: 6% !important;}”][vc_column][vc_btn title=”VER TODAS AS PUBLICAÇÕES” style=”outline” color=”inverse” link=”url:http%3A%2F%2Farquiteturadocafe.com.br%2Fblog%2F|||”][/vc_column][/vc_row]

Compartilhe essa publicação

No responses yet

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *