50. Agricultura em Processo

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Olá Pessoal. Ao iniciar a série “Café e Boa Leitura”, apresento-lhes o livro “Agricultura em Processo”, de Victor André de Argollo Ferrão Netto – engenheiro agrônomo formado em 1964 pela querida Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo – ESALQ/USP. Victor Argollo foi um excelente engenheiro agrônomo, muito respeitado pelos colegas de profissão, e realizou uma brilhante carreira na Coordenadoria de Assistência Técnica Integral – CATI – órgão fundado em 1967, um dos mais importantes e estruturantes da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. A CATI, aliás, mudou de nome recentemente, desagradando muita gente, inclusive este Apresentador que vos escreve. Servidor público do estado de São Paulo, atuou com a maestria e excelência que lhe caracterizavam profissionalmente também em outros órgãos da Secretaria da Agricultura, porém nunca deixou de ostentar com orgulho e satisfação o seu perfil de “Agrônomo da CATI”, instituição que coordenou por duas vezes. O livro “Agricultura em Processo” apresenta o contexto em que se estruturaram as diversas instituições da Secretaria de Agricultura de São Paulo, desde a sua criação. O enfoque de processos é utilizado pelo autor para explicar a evolução do mencionado contexto. O vídeo n.50 do canal Arquitetura do Café, intitulado “Agricultura em Processo” discorre um pouco sobre o conteúdo do excelente livro de Victor Argollo, intitulado “Agricultura em Processo : O papel estratégico do serviço de assistência técnica aos agricultores”. Piracicaba : O Autor, 2007. 212 p. Espero que vocês apreciem o vídeo n.50 do canal Arquitetura do Café – @arquiteturadocafe – : “Agricultura em Processo”, e curtam, comentem, compartilhem em suas redes sociais.

Sumário:

Cap. 1 – Processos e sistemas: conceitos básicos

Cap. 2 – O complexo de política agrícola do Estado de São Paulo

Cap. 3 – O sistema de pesquisa e desenvolvimento tecnológico agrícola – O P&D agrícola

Cap. 4 – O sistema de produção agropecuário-florestal – O AgroFlor

Cap. 5 – O processo de adoção de tecnologia

Cap. 6 – Os processos de pesquisa científica

Cap. 7 – Os processos de assistência técnica especializada

Cap. 8 – Os processos de extensão rural e de assistência técnica personalizada

Cap. 9 – Os processos de fomento agrícola ou de marketing rural

Cap. 10 – Os processos de assistência técnica regulamentada

Cap. 11 – Uma visão de processo ou sistêmica da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo

Bibliografia.

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Saudações agrícolas e cafeeiras,

André Argollo / @andreargollo.oficial

Arquitetura do Café / @arquiteturadocafe

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Os vídeos do canal Arquitetura do Café – @arquiteturadocafe – não guardam entre si uma relação de dependência ou de sequência linear. O conteúdo de cada vídeo é íntegro, embora permita complementações. Dessa maneira, você pode assistir aos vídeos do canal Arquitetura do Café – @arquiteturadocafe – a partir de diferentes sequências, que lhe permitirão diferentes níveis de compreensão.

Este é o vídeo n.50 do canal Arquitetura do Café – @arquiteturadocafe :

AGRICULTURA EM PROCESSO [by] André Argollo

Apresentação, Produção e Edição : André Argollo.

Pesquisa e Conteúdo : André Argollo.

Trilha Sonora : YouTube Studio [Biblioteca de Áudio]

Et Voilà [by] Chris Haugen.

After You [by] Dan Lebowitz.

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51. Casa de Máquinas em funcionamento: Patrimônio Industrial do Café

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Olá Pessoal. O vídeo n.51 da série Arquitetura do Café – ver no canal Arquitetura do Café (YouTube), a playlist Arquitetura do Café – @arquiteturadocafe – apresenta a Casa de Máquinas da Fazenda Santa Elisa, do Instituto Agronômico de Campinas, com todas as suas máquinas em funcionamento. Um verdadeiro registro do Patrimônio Industrial do Café. Com o auxílio de José Fernando Vital – Técnico Pesq. IAC – e acompanhado pelo Pesquisador científico do IAC, o Dr. Sérgio Parreiras Pereira, eu – André Argollo – @andreargollo.oficial – apresento no vídeo o processo de beneficiamento do café desde o escoamento da Tulha para a Peneira “Bica de Jogo”, passando por dois Descascadores de Café, depois por um Abanador de Café, que descarrega os grãos em uma Peneira “Sururuca”, e finalmente o encaminhamento para o Separador de Café, de onde os grãos beneficiados saem por diferentes “bicas”, conforme o tamanho a sua integridade. Da peneira “Bica de Jogo”, o café é elevado ao primeiro Descascador por um Elevador de Canecas. daí é feita uma primeira triagem, e então o café é elevado por um outro Elevador de Canecas para o segundo Descascador. Daí, novamente por um Elevador de Canecas, o café é elevado ao Abanador de Café, máquina que separa as impurezas por ventilação, após a passagem pelos dois Descascadores, descarregando os grãos em uma Peneira “Sururuca”. De uma máquina para a outra há sempre um processo de triagem e só passa para a próxima máquina os grãos que estiverem em condições adequadas. Finalmente, os grãos de café descascados e abanados, que – devido à força centrífuga promovida pelo movimento mecânico – são conduzidos para a periferia da “Sururuca”, saem da peneira e são novamente elevados por um Elevador de Canecas para o Separador de Café, máquina dotada de peneiras de diferentes tamanhos de abertura, capazes de separar os grãos conforme o seu tamanho e integridade, separando-os por suas diferentes bicas. Ao longo de todo o vídeo, eu – André Argollo – @andreargollo.oficial – vou apresentando a vocês o processo passo-a-passo, com as máquinas em funcionamento, valorizando esse maravilhoso Patrimônio Industrial do Café localizado na Fazenda Santa Elisa, onde fica o Centro de Café “Alcides Carvalho”, do Instituto Agronômico de Campinas, a quem agradecemos a receptividade em nome de Sérgio Pereira e Fernando Vital que muito gentilmente nos acompanharam nessa empreitada. Espero que apreciem, curtam, comentem e compartilhem. Inscrevam-se no canal Arquitetura do café (YouTube) e participem enviando comentários e sugestões em cada um dos nossos vídeos, especialmente deste que vos apresento nesta descrição.

Saudações cafeeiras e mecânicas,

André Argollo / @andreargollo.oficial

Arquitetura do Café / @arquiteturadocafe

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Os vídeos do canal Arquitetura do Café – @arquiteturadocafe – não guardam entre si uma relação de dependência ou de sequência linear. O conteúdo de cada vídeo é íntegro, embora permita complementações. Dessa maneira, você pode assistir aos vídeos do canal Arquitetura do Café – @arquiteturadocafe – a partir de diferentes sequências, que lhe permitirão diferentes níveis de compreensão.

Este é o vídeo n.51 do canal Arquitetura do Café – @arquiteturadocafe :

CASA DE MÁQUINAS EM FUNCIONAMENTO: PATRIMÔNIO INDUSTRIAL DO CAFÉ [by] André Argollo

Apresentação, Produção e Edição : André Argollo.

Pesquisa e Conteúdo : André Argollo.

Participação : José Fernando Vital e Sérgio Parreiras Pereira

Trilha Sonora : Mixagem.

Encontro Num Supermercado [by] Banda 69.

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52. Sururuca, peneira circular, patrimônio do café

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Olá Pessoal. A “sururuca” mecânica Consiste numa peneira redonda dotada de um movimento circular excêntrico com a finalidade de separar o café descascado do não descascado. A separação dos grãos é feita pela diferença do peso específico entre eles e pela ação da força centrífuga. O café beneficiado vai para a periferia e é levado para a fase seguinte de classificação. Os grãos não descascados (marinheiros) e as impurezas (cascas e cocos) vão para o centro da “sururuca” e são retidos. Normalmente a “sururuca” é conjugada com o descascador e o abanador para aumentar a sua eficiência, sendo que os “marinheiros” nela retidos voltam ao descascador e abanador para serem descascados e abanados. Portanto, o café beneficiado vai para a periferia da “sururuca” e – somente os grãos que passam por ela – são levados para a fase seguinte de classificação. O vídeo n.52 do canal (YouTube) Arquitetura do Café – @arquiteturadocafe – leva o seguinte título: “Sururuca, peneira mecânica, patrimônio do café”. De fato, a “sururuca” constitui o imenso e valioso patrimônio cultural – industrial e agrícola – do café. Apreciem o vídeo, curtam, comentem e compartilhem em suas redes sociais. Seus comentários e sugestões serão sempre bem vindos no canal Arquitetura do Café. Saudações cafeeiras e mecânicas, André Argollo / @andreargollo.oficial Arquitetura do Café / @arquiteturadocafe

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Este é o vídeo n.52 do canal Arquitetura do Café – @arquiteturadocafe : SURURUCA, PENEIRA MECÂNICA, PATRIMÔNIO DO CAFÉ [by] André Argollo.

Apresentação, Produção e Edição : André Argollo.

Pesquisa e Conteúdo : André Argollo.

Participação : José Fernando Vital.

Trilha Sonora : YouTube Studio [Biblioteca de Áudio]

Et Voilà [by] Chris Haugen.

Come On Out [by] Dan Lebowitz.

Mechanical Bullride [by] Chris Haugen.

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Obras da São Paulo Railway em Cubatão SP

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Olá Pessoal. O canal Arquitetura do Café — @arquiteturadocafe — tem a satisfação de apresentar mais uma transmissão da série “cidades do café”, trazendo desta vez um pouco da história de C]ubatão (SP), município da Região Metropolitana da Baixada Santista (RMBS), cujo território foi e é cenário de verdadeiras obras de arte da Engenharia — por exemplo : a Estrada de Ferro São Paulo Railway (SPR) — a Usina Hidrelétrica Henry Borden, o Caminho do Mar, e tantos outros elementos que compõem um fabuloso patrimônio — cultural e ambiental — na Serra do Mar. André Argollo conversa com o arquiteto urbanista Rubens Brito, que foi Diretor da Secretaria Municipal de Planejamento Urbano, foi Presidente do Condepac — Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Cubatão — e desenvolve seu Mestrado na Unicamp (PPG-EHCT / IG-Unicamp). Ao acompanhar a conversa você pode perceber que foram contextualizados diversos aspectos sobre a construção da ferrovia SPR no território de Cubatão, o arquiteto Rubens Brito mostrou imagens do Cais Santista, com as primeiras linhas férreas (1928), a Estação do Valongo, marco zero da SPR, a Estação de Cubatão, primeira Estação ferroviária da SPR, pontes e maquinários utilizados pela SPR no início do século XX. Na sua fala Rubens expõe a importância da estrada de ferro para a região de Cubatão e tb para o contexto da expansão cafeeira para o interior do Estado de São Paulo. Os estudos técnicos dos Engenheiros Ingleses, visando o melhor  aproveitando do relevo existente. Também mostra várias imagens — belíssimas e raras — do Arquivo Municipal de Cubatão, como o mapa do pesquisador Moisés Lavander, identificando os primeiros ramais lenheiros em Cubatão no início do século XX. Esperamos que vcs apreciem o conteúdo. Inscrevam-se no canal Arquitetura do Café — @arquiteturadocafe — e participem enviando sugestões e comentários. Saudações cafeeiras e cubatenses,

André Argollo / @andreargollo.oficial
Arquitetura do Café / @arquiteturadocafe

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Obras da São Paulo Railway em Cubatão SP

Rubens Brito é arquiteto urbanista, também terapeuta holístico em Barras de Access, terapia de reprogramação mental a partir de novas consciências.

www.interapias.blogspot.com

Rubens Brito agradece: Arquitetura do Café, André Argollo Ferrão, Arquivo Histórico de Cubatão, Carlos Felipe, Wellington Borges.

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Arquitetura do Café apresenta o Projeto Café Paulista: aromas virtuais

 

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Olá Pessoal. Nesta transmissão, André Argollo / canal Arquitetura do Café – @arquiteturadocafe – conversa com o Professor Marcelo Paiva – Unifesp – sobre o Projeto “Café Paulista: aromas virtuais”. Este projeto coloca o usuário em uma experiência multissensorial (visual, auditiva e olfativa) com realidade virtual sobre a história e o processo de preparação da bebida que influencia os hábitos, os prazeres, o convívio familiar e com os amigos, assim como o trabalho: o café. O usuário é imerso em uma fazenda 3D (tridimensional) para experienciar a colheita, torrefação, preparo do café e fatos históricos associados ao processo. Para isso, este projeto usa óculos de realidade virtual ou uma TV, acoplada a um difusor de aroma, o que permite que os aromas relacionados ao café façam parte da interação com o ambiente simulado. Esta é uma experiência multissensorial inovadora, surpreendente e que aproxima os usuários do processo tradicional de preparação do café. Coordenação e execução do Projeto “Café Paulista: aromas virtuais” – Prof. Dr. Marcelo de Paiva Guimarães (Universidade Federal de São Paulo – Unifesp/Reitoria) – labICE – https://labice.unifesp.br/

André Argollo / @andreargollo.oficial
Arquitetura do Café / @arquiteturadocafe

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Arquitetura do Café apresenta o Projeto Café Paulista: aromas virtuais

Financiamento do “Projeto Café Paulista: aromas virtuais”

– Governo do Estado de São Paulo – Secretaria de Cultura e Economia Criativa – ProAC – Programa de Ação Cultural

Parceiros do Projeto “Café Paulista: aromas virtuais”

– Projeto Arquitetura do Café – https://www.youtube.com/c/ArquiteturadoCafé

– Terra Rosana – https://www.youtube.com/channel/UCbAtyWVqSkFOz30yx88FVAQ

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Certamente voltaremos a tratar deste tema no canal Arquitetura do Café – @arquiteturadocafe – apresentando a evolução e os desdobramentos do Projeto Café Paulista: aromas virtuais. Você Diretor de Escola, professor ou aluno, Coordenador de Museu ou membro de uma Administração Municipal que queira levar o Projeto para a sua cidade, entre em contato conosco aqui no canal “Arquitetura do Café”. Nós podemos encaminhar sua solicitação/proposta e colocaremos você em contato com nossos parceiros do Projeto “Café Paulista: aromas virtuais”. Inscreva-se no canal “Arquitetura do Café” – @arquiteturadocafe – e acompanhe nosso conteúdo. Participe, envie suas sugestões e comentários, entre em contato conosco. Saudações cafeeiras, André Argollo / Arquitetura do Café.

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64. Canaletas e Lavadores de Café

 

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Olá Pessoal. O método de preparo do café por via seca consistia, basicamente, em espalhar o café colhido sobre o terreiro, sem despolpá-lo, e depois descascá-lo com pilões mecânicos ou mesmo manuais. Tal processo evoluiu no Brasil, adaptou-se às condições climáticas das principais regiões produtoras e, até hoje, é o pre- ferido pelos cafeicultores do planalto paulista e do sul de Minas Gerais (Argollo Ferrão, 2004). O método de preparo do café por via úmida consistia em despolpar o café logo após a colheita, e também evoluiu muito, sendo utilizado atualmente em vários e importantes países produtores, como a Colômbia e as nações da América Central (Argollo Ferrão, 2004). No Brasil se utilizam os dois métodos de preparo. Os terreiros de café são imprescindíveis. No método de preparo por via úmida, as canaletas que conduzem o café imerso em fluxo d’água compunham a arquitetura do Núcleo Industrial das principais fazendas cafeeiras do Brasil (final do século XIX, início do século XX), assim como os Lavadores de café, os tanques de fermentação e as usinas de despolpamento. O vídeo n.64 da série (“playlist”) Arquitetura do Café – dentro do canal (YouTube) Arquitetura do Café – @arquiteturadocafe – intitulado “Canaletas e Lavadores de Café” apresenta um breve arrazoado sobre estes 2 métodos de preparo em terreiro e os respectivos equipamentos arquitetônicos que compunham o Núcleo Industrial das grandes fazendas cafeeiras : canaletas e lavadores de café. Espero que vocês apreciem, curtam, comentem e compartilhem este vídeo. Caso ainda não estejam inscritos, inscrevam-se no canal, participem enviando sugestões e comentários, e nos ajudem a divulgar o Projeto Arquitetura do Café. Saudações cafeeiras em via seca e úmida,

André Argollo / @andreargollo.oficial
Arquitetura do Café / @arquiteturadocafe

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Os vídeos do canal Arquitetura do Café não guardam entre si uma relação de dependência ou de sequência linear. O conteúdo de cada vídeo é íntegro, embora permita complementações. Dessa maneira, você pode assistir aos vídeos do canal Arquitetura do Café a partir de diferentes sequências, que lhe permitirão diferentes níveis de compreensão.

Este é o vídeo n.64 do canal Arquitetura do Café – @arquiteturadocafe

CANALETAS E LAVADORES DE CAFÉ [by] André Argollo

Apresentação, Produção e Edição : André Argollo.

Pesquisa e Conteúdo : André Argollo.

Trilha Sonora : YouTube Studio [Biblioteca de Áudio]

Et voilà [by] Chris Haugen.

The Clean Up Man [by] Dan Lebowitz.

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Referências: Argollo Ferrão, A. M. de (2004). Arquitetura do Café. Campinas: Editora da Unicamp; São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo.

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61. Pedra da Galinha Choca e o Açude do Cedro

 

Os vídeos do canal Arquitetura do Café constituem produção autoral, sem apoio financeiro, institucional ou comercial.

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Olá Pessoal. Já que falamos da criação de pintinhos em chocadeira e da galinha choca, relacionando aspectos da cultura rural com os temas do canal Arquitetura do Café – @arquiteturadocafe – convido-os, então, a viajar até Quixadá, no estado do Ceará, e conhecer a Pedra da Galinha Choca. Paisagem de cinema – literalmente – a Pedra da Galinha Choca e o Açude do Cedro compõem um cenário maravilhoso, paisagem cultural de Quixadá, e do Ceará. Em 1983 a região foi escolhida para a locação do longa metragem “O Cangaceiro Trapalhão”, e em 2012, foi a vez do longa “Área Q”, uma produção Brasil-EUA. De fato, a Pedra da Galinha Choca se destaca no Campo de Inselbergues de Quixadá (CE). Inselberg – ou Monadnock – são constituídos de dioritos e granitos, rochas ígneas formadas a partir do resfriamento do magma, assumem uma forma residual de feições variadas cujas encostas, com declives acentuados, dominam uma superfície de aplanamento superior. a Pedra da Galinha Choca está sobre um terreno cristalino, formado por rochas antigas e resistentes, anterior ao período cambriano. Localizada a 5km do centro da cidade, é um dos mais famosos monólitos da região, a forma de uma “galinha choca” deu nome a esse belo monumento geológico: Pedra da Galinha Choca. Na mesma região, no boqueirão do Cedro, construiu-se uma das primeiras grandes obras de combate à seca do Nordeste: o Açude do Cedro. A ordem de construção dada por Dom Pedro II após o impacto que a terrível seca de 1877-1879 causou sobre a região. Ao engenheiro Ernesto Antônio Lassance Cunha, o Governo Imperial solicita estudos para o combate aos efeitos das secas. Definiu-se pela construção de barragens. Após percorrer toda a região, o engenheiro Ernesto Cunha apontou o boqueirão do Cedro como local mais indicado para a construção dessa importante obra. Em 1880 o engenheiro britânico Jules Jean Revy confirma o local indicado anteriormente por Ernesto Cunha. Em 1882 o primeiro projeto foi feito pelo engenheiro Jules Revy, quem coordenou a execução de obras preliminares. No entanto, às vésperas do início das obras deu-se a proclamação da república, em 1889, e a consequente retirada do engenheiro Revy. Após modificações no projeto de 1889 realizadas ao longo do ano de 1890, o engenheiro Ulrico Mursa, da “Comissão de Açudes e Irrigação” / atual “DNOCS” – Departamento Nacional de Obras Contra a Seca – assume o projeto. As obras foram iniciadas em 15 de novembro de 1890, exatos 12 meses – 1 ano – após a Proclamação da República. As obras foram concluídas em 1906 sob coordenação do engenheiro Bernardo Piquet Carneiro, que assumiu a direção das obras em 1900. Passaram-se 25 anos entre o primeiro projeto e a inauguração da obra. Destaca-se o emprego de flagelados da seca como mão-de-obra. O Açude do Cedro foi tombado pelo IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – em 1977. Desde então, o Açude do Cedro é Patrimônio Nacional. Desde a seca de 1877 ao tombamento em 1977 decorreram-se 100 anos. O vídeo n.61 do canal Arquitetura do Café – “Pedra da Galinha Choca e o Açude do Cedro, em Quixadá/Ceará” sugere que nem só de cultura rural e urbana, agrícola ou industrial vive o mundo do “café”. Paisagem Cultural e desenvolvimento territorial são conceitos que estarão presentes no canal. Espero que apreciem, curtam, comentem e compartilhem em suas redes sociais. Saudações cafeeiras e quixadaenses,

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Este é o vídeo n.61 do canal Arquitetura do Café – @arquiteturadocafe

PEDRA DA GALINHA CHOCA E O AÇUDE DO CEDRO, EM QUIXADÁ/CEARÁ [by] André Argollo

Apresentação, Produção e Edição : André Argollo.
Pesquisa e Conteúdo : André Argollo.

Trilha Sonora : YouTube Studio [Biblioteca de Áudio]
Et voilà [by] Chris Haugen
March On [by] Dan Lebowitz
Forgiven Fate [by] Dan Lebowitz

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16. Le Procope: o primeiro Café Literário de Paris

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O Café Le Procope, de Paris, é um dos mais antigos cafés do Mundo, cuja maravilhosa história segue viva, pois o café (e restaurante) Le Procope funciona até os dias de hoje, sendo visita obrigatória para quem está em Paris e quer desfrutar de um ambiente primoroso e marcante da História e da Cultura do Café. O video se inicia falando sobre Francesco Procópio dei Coltelli, um siciliano da Catânia que se estabeleceu em Paris no ano de 1660. Comerciante de especiarias e de café em grãos, era um empreendedor talentoso, e em 1686 fundou o Le Procope – reconhecido como o primeiro Café Literário e a primeira Sorveteria da França ! Sim, François Procope (seu nome francês) trouxe para Paris a receita do seu avô, um pescador do sul da Itália que gostava de inventar coisas nas horas vagas… e dentre suas invenções, a receita do sorvete – que fez muito sucesso em Paris, já no século XVII. Procope substituiu o mel pelo açúcar e criou algo como 80 sabores para vender em sua nova cafeteria. Três anos depois de inaugurada, em 1689 se instala à frente do prédio do Café Le Procope, a Companhia de Teatro “Comédie-Française”, um marco para as artes cênicas. Os frequentadores e artistas da “Comédie-Française” fizeram do Le Procope uma espécie de antecâmara do Teatro, inaugurando uma dobradinha que até os dias de hoje se dá muito bem: – Café e Teatro ! Muitos frequentadores famosos e anônimos fizeram do Le Procope um local quase sagrado para quem aprecia a História e a Cultura do Café. Assista ao vídeo, pois muita história ainda há de ser contada – inclusive sobre o Le Procope – em outros vídeos do canal Arquitetura do Café. Espero que todos apreciem.

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Este é o vídeo n.16 do canal Arquitetura do Café – @arquiteturadocafe

CAFÉ LE PROCOPE [by] André Argollo

Apresentação, Produção e Edição : André Argollo.
Pesquisa e Conteúdo : André Argollo e Luci Braga.

Trilha Sonora : YouTube Studio [Biblioteca de Áudio]
Jazz in Paris [by] Media Right Production.
Et voila [by] Cris Haugen.

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Sistemas territoriais integrados à produção

Artigo em periódico internacional indexado

 

Ferrão, A. M. de A. (2016). El escenario de los grandes complejos agroindustriales-comerciales: el caso de los sistemas territoriales integrados a la producción de café en Brasil. A&P Continuidad, v.3, n.5, pp. 114-133. [Link para o PDF do Artigo]

 

Olá Pessoal, em 2016 eu publiquei um artigo na revista “A&P Continuidad”, editada pela “Facultad de Arquitectura, Planeamiento y Diseño” da “Universidad Nacional de Rosario”, localizada em Rosario [Santa Fe] Argentina. Nesta postagem vcs podem ler o Resumo do artigo e acessar o link para obter o PDF completo. Espero que apreciem.

Resumen en Español

Investigadores y administradores públicos de diversos países del mundo han enfocado los sistemas territoriales rurales como un campo de estudio absolutamente fundamental para el desarrollo sustentable de las regiones donde fueron implantados grandes complejos agroindustriales-comerciales. En Brasil, esta percepción académica y político-administrativa es relativamente reciente, habiéndose intensificado a partir de la década del 90. Desde entonces estudiamos los reflejos de tales sistemas sobre la arquitectura y el escenario de los complejos productivos agroindustriales-comerciales, tomando particularmente el caso del complejo del café en São Paulo como objeto de investigación y campo transdisciplinar.

En cuanto a los sistemas territoriales integrados a la producción del café en Brasil, el escenario resultante se transforma de acuerdo con los cambios del contexto de la economía globalizada y de la agricultura brasileña de alta performance, particularmente tratándose del agronegocio del café, cuya dinámica promueve transformaciones significativas en el escenario correspondiente, reflejando adaptaciones en los subsistemas espaciales especializados, notoriamente en los sistemas territoriales rurales, pero también en los sistemas urbanos de las regiones productoras.

Palabras clave: sistemas territoriales urbanos, agribusiness, café, Brasil

Abstract in English

Researchers and public administration officers from different countries have focused on rural territorial systems as an essential field of study dealing with the sustainable development of regions which have important trade and agroindustrial complexes. In Brazil, this relatively recent academic, political and administrative view has been reinforced since the 1990s. The effects of such systems on architecture and the environment shaped by this kind of complexes have been studied. Sao Paulo’s coffee complex has particularly become both a research object and a transdisciplinary field.

Global economy changes and high-performance Brazilian agriculture influence are reflected on territorial systems involved in Brazilian coffee production which, in turn, has a dynamics that encourages significant changes and gives rise to specialized space subsystem adjustments. This can be found not only in rural territorial systems but also in urban systems developed in agricultural regions.

Key words: urban territorial systems, agribusiness, coffee, Brazil

14. Nas cafeterias… uma boa conversa

Este video trata das cafeterias como o local apropriado para se ter uma boa conversa. Fala sobre episódios de perseguição aos frequentadores, destruição ou mesmo proibição de funcionamento das primeiras cafeterias no mundo árabe, na Turquia e também em diversos países da Europa. As primeiras cafeterias europeias surgem na Inglaterra por volta de 1637 – chamadas de “Seminários de Rebelião” quando o governo de Carlos II cogitou perseguir seus frequentadores, ou de “Universidade a vintém”, onde se obtinha “instrução mui variada” (cf. Paulo Porto-Alegre citado por A. Argollo in “Arquitetura do Café”). O video menciona que serão necessários vários capítulos (ou… outros videos) para se falar sobre as cafeterias, e encerra mencionando as cafeterias da “Terceira Onda do Café”, no Brasil e em vários países do Mundo. Uma “boa conversa” é capaz de “mudar o mundo” ! As cafeterias constituem local propício para uma “boa conversa” !

12. Cappuccino e croissant: o café na Europa séc.XVII

Este vídeo é sobre introdução na Europa. Apresenta as várias portas de entrada do café no continente europeu, a partir do século XVII. O video começa por Veneza, salientando o pioneirismo do comércio de café na Europa, passa a Amsterdã, salientando a importância dos holandeses na difusão da bebida pela Europa central e setentrional, chega a Viena - onde salienta o importante episódio histórico conhecido como a "Batalha de Viena", quando cristãos europeus com a significativa ajuda dos poloneses rechaçaram o exército turco em 1683. Ao serem rechaçados e abandonarem o cerco a Viena, os turcos também deixaram para trás muitos mantimentos e consideráveis estoques de café, o que permitiu a abertura do primeiro "café" (cafeteria) vienense. Após a Batalha de Viena, ainda no período de comemoração por tão importante vitória, a vida paulatinamente volta ao normal, ou melhor... nunca mais voltaria ao que era antes... pois foi nessa época, em Viena, que o "capuccino" (deliciosa bebida à base de café) e o "croissant" (delicioso pão com formato de meia-lua, tal como o "crescente muçulmano") foram inventados ! O video continua mencionando a descoberta do gosto pelo café na Alemanha e - principalmente - na França, onde, a partir do século XVIII se instalam muitas cafeterias (algumas existentes até hoje), que permitem ao café assumir para sempre um lugar de destaque no coração do europeu.

 

 

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Este vídeo é sobre introdução do café na Europa e algumas das deliciosas particularidades que essa história nos permite desfrutar. Apresenta as várias portas de entrada do café no continente europeu, a partir do século XVII. O video começa por Veneza, salientando o pioneirismo do comércio de café na Europa, passa a Amsterdã, salientando a importância dos holandeses na difusão da bebida pela Europa central e setentrional, chega a Viena – onde salienta o importante episódio histórico conhecido como a “Batalha de Viena”, quando cristãos europeus com a significativa ajuda dos poloneses rechaçaram o exército turco em 1683. Ao serem rechaçados e abandonarem o cerco a Viena, os turcos também deixaram para trás muitos mantimentos e consideráveis estoques de café, o que permitiu a abertura do primeiro “café” (cafeteria) vienense. Após a Batalha de Viena, ainda no período de comemoração por tão importante vitória, a vida paulatinamente volta ao normal, ou melhor… nunca mais voltaria ao que era antes… pois foi nessa época, em Viena, que o “capuccino” (deliciosa bebida à base de café) e o “croissant” (delicioso pão com formato de meia-lua, tal como o “crescente muçulmano”) foram inventados ! O video continua mencionando a descoberta do gosto pelo café na Alemanha e – principalmente – na França, onde, a partir do século XVIII se instalam muitas cafeterias (algumas existentes até hoje), que permitem ao café assumir para sempre um lugar de destaque no coração do europeu. Espero que apreciem, inscrevam-se no canal (YouTube) Arquitetura do Café e o divulguem em suas redes – @arquiteturadocafe – /// participem enviando seus comentários e sugestões.

Saudações cafeeiras,

André Argollo / @andreargollo.oficial

Arquitetura do Café / @arquiteturadocafe

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Os vídeos do canal Arquitetura do Café – @arquiteturadocafe – não guardam entre si uma relação de dependência ou de sequência linear. O conteúdo de cada vídeo é íntegro, embora permita complementações. Dessa maneira, você pode assistir aos vídeos do canal Arquitetura do Café – @arquiteturadocafe – a partir de diferentes sequências, que lhe permitirão diferentes níveis de compreensão.

Este é o vídeo n.12 do canal Arquitetura do Café – @arquiteturadocafe :

CAPUCCINO E CROISSANT: A INTRODUÇÃO DO CAFÉ NA EUROPA [by] André Argollo

Apresentação, Produção e Edição : André Argollo.

Pesquisa e Conteúdo : André Argollo.

Trilha Sonora : YouTube Studio [Biblioteca de Áudio]

Baroque Coffee House [by] Doug Maxwell / Media Right Productions.

Et Voilà [by] Chris Haugen.

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04. Café e Ferrovia

Olá Pessoal, neste vídeo vamos falar um pouco mais sobre o binômio “café-ferrovia”, que protagonizou o fabuloso processo de desenvolvimento territorial paulista. Eu costumo dizer que — particularmente em São Paulo — “falou café… falou ferrovia”, pois para onde o café se expandia, junto com ele estava a ferrovia, e em muitas regiões se dava o contrário, ou seja, era a ferrovia quem abria o caminho para o café. Assim sendo, vamos ressaltar detalhes importantes dessa “parceria histórica”, citando obras de referência, falando sobe as estradas “cata-café”, e comentando um pouco mais sobre a visita que fizemos ao Museu da Companhia Paulista — localizado no Complexo Fepasa em Jundiaí [SP].

É importante observar que para a compreensão dos sistemas territoriais que compõem a Arquitetura do Café, a ferrovia é apenas uma das integrações possíveis, pois, embora seja necessário e essencial reconhecer a sua abrangência e capacidade de alavancar o desenvolvimento, existem diversos outros aspectos relacionados com a grande industria cafeeira e a riqueza resultante de tais integrações. Tenha em mente um plano de visão em que cada uma das diferentes integrações que compõem a Arquitetura do Café formam inúmeras linhas ou planos que se cruzam para conformar diferentes cenários, que podem ser analisados sob diferentes ângulos, ou perspectivas que narram diferentes leituras de uma mesma história: a construção, a evolução tecnológica, o desenvolvimento, enfim… a Arquitetura do Café.
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Um abraço, André Argollo.

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André Argollo
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06. Carros de Boi em Gonçalves [MG]

Na cidade de Gonçalves [MG] muitas famílias guardam a tradição do uso de carros de boi. Todo dia 15 de setembro, Dia de Nossa Senhora das Dores, Padroeira de Gonçalves [MG] há uma Procissão de Carros de Bois das famílias da cidade e região. É um evento interessante o qual tive a oportunidade de comentar no canal "André Argollo" (Youtube).

O carro de boi era conhecido por chineses e hindus. Consta que os egípcios, babilônios, hebreus e fenícios também se utilizavam da força do boi no transporte. Não é por acaso que os europeus fizeram do boi um item indispensável da carga das caravelas. O carro de boi, ou “boeiro” em Portugal, “carreta” nos pampas gaúchos, ou ainda, “cambona” em algumas regiões do interior, foi o mais importante veículo de carga no Brasil por mais de 3 séculos, e por isso merece um lugar de destaque nos nossos estudos sobre as tradições e a cultura rural. Logo no início da colonização, Tomé de Sousa, o primeiro governador-geral do Brasil trouxe para cá carpinteiros e carreiros, de modo que, por volta de 1550, já se ouvia o o chiado cantado dos carros de boi nas ruas da recém criada cidade de Salvador [BA]. Muito utilizado na indústria açucareira colonial, transportando gente e carga da roça ao engenho, do engenho às cidades, os carros de boi mobilizaram o transporte terrestre ao longo dos séculos XVI e XVII, transportando material de construção para o interior, de onde voltavam carregados com pau-brasil e produtos agrícolas. No Brasil colonial, além dos fretes de carga, os carros de boi conduziam também as famílias de um povoado para outro. Normalmente eram usados como “carro-fúnebre”, ocasiões em que os carreiros lubrificavam os “cocões” para evitar a cantoria em hora inadequada.
Em meados do século XVIII, com o surgimento das tropas de muares, os carros de boi perderam sua primazia. Mais leves e rápidos, os burros de carga não exigiam trilhas prévias nem terrenos regulares. A partir do final século XVIII somente os cavalos passaram a poder puxar carros, carroças e carruagens. Os carros de boi foram proibidos por lei de transitar no centro das cidades, ficando o seu uso restrito ao meio rural.
[Baseado no Trabalho de] Bruna Scavacini / postado em 2013. Disponível em : http://naboleia.com.br/carro-de-boi-a-origem-do-transporte/
Acesso em 25 nov. 2019.
André Argollo
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Fazendas de Café em Ribeirão Preto [SP]

O livro Arquitetura do Café mostra que as fazendas de café possuem uma arquitetura específica e original. Tal arquitetura assume determinadas características de acordo com a região cafeeira e com o período em que foi concebida ou para o qual foi adaptada. O conjunto arquitetônico de uma fazenda cafeeira é formado pelo núcleo industrial (terreiros, tulhas e casa de máquinas), núcleos habitacionais (casa-grande e senzala, ou a casa sede e as colônias), os núcleos compostos por edifícios e instalações destinados a abrigar atividades complementares e suplementares da fazenda, como viveiros e casas de vegetação, barracões, serrarias e oficinas, pequenos currais, silos e armazéns etc., e — por fim — a arquitetura da paisagem resultante, composta pelo próprio cafezal, assim como todo o campo cultivado, que guardam em seu desenho essa arquitetura do café — original e específica, que se complementa com a existência ou não de remanescentes de mata ou áreas de recomposição, áreas de pastagens com suas subdivisões por valos ou cercas, cursos dágua, etc.

Antigas casas de colônia em fazenda de café de Ribeirão Preto [SP]. Fonte: Criador: Edson Silva Direitos autorais: @folhapress 2010 - todos direitos reservados à Folhapress — AII R
Antigas casas de colônia em fazenda de café de Ribeirão Preto [SP]. Fonte: Edson Silva / Direitos autorais: @folhapress 2010 — todos direitos reservados à Folhapress — AII R.
A arquitetura e a organização das grandes propriedades de produção do café e a influência delas na ordenação do território paulista se relacionam intimamente com o processo produtivo do café, que integra vários subprocessos realizados em unidades físicas bem definidas e caracterizadas no tempo e no espaço por elementos arquitetônicos originais e específicos, resultando uma arquitetura específica e original: a da fazenda cafeeira. O desenvolvimento tecnológico, ao impor transformações no programa de atividades do espaço da produção da fazenda de café, coevolui com a arquitetura no âmbito do seu sistema produtivo. A evolução técnico-científica exigiu adaptações no espaço destinado a abrigar cada atividade dentro e fora da fazenda cafeeira, alterando-lhe a forma; ou incrementando-lhe, restringindo-lhe, e até suprimindo-lhe a função.
Fazenda Monte Alegre. Desapropriada pelo Governo Estadual, em 1948, as terras da fazenda passaram a constituir o patrimônio da Universidade de São Paulo. Hoje serve como sede de dois museus: Histórico e do Café. Ribeirão Preto [SP]. Foto: Rubens Chiri. Fonte: Banco de Imagens do Estado de São Paulo.
Durante o período em que o café foi a principal indústria brasileira (de meados do século XIX a meados do século XX) a arquitetura das fazendas cafeeiras evoluiu de acordo com as transformações culturais, tecnológicas, socioeconômicas, políticas, ocorridas na sociedade. Na região de Ribeirão Preto, as fazendas passaram por diversas modificações.
Entre as principais mudanças relacionam-se as seguintes: a casa-grande e a senzala são substituídas por sedes rodeadas de jardins e casas de colônia; dá-se também a substituição dos equipamentos primitivos por máquinas industriais movidas a água, e depois a vapor ou eletricidade; o advento da ferrovia ao invés das "tropas de muares" exige a construção de pequenas plataformas de embarque próximas aos armazéns e às colônias da fazenda; e o núcleo industrial agiganta-se transformando-se no principal componente arquitetônico da grande empresa produtora de café.
A casa-grande e a senzala foram substituídas por sedes rodeadas de jardins e casas de colônia; a construção da ferrovia exigiu a implantação de pequenas plataformas de embarque próximas aos armazéns e às colônias da fazenda; o núcleo industrial cresceu, transformando-se no principal componente arquitetônico da fazenda. Da mesma forma, em outras regiões cafeeiras pode-se observar diferentes mudanças, de acordo com o contexto regional e com o período que se analisa.
Casa-sede da Fazenda Boa Vista, em Ribeirão Preto [SP], construção do final do século XIX. Foto: Vladimir Benincasa. Fonte: Benincasa, V. (2010). As casa de fazendas paulistas. Com Ciência. Revista Eletrônica de Jornalismo Científico. Disponível em: http://www.comciencia.br/comciencia/handler.php?section=8&edicao=60&id=759
Fazenda Schmidt, Ribeirão Preto, SP. Fonte: A. Lalière, 1909; B. Belli, 1910. In Arquitetura do Café [por] André Argollo / A. Lalière, 1909.
Terreiros de uma das fazendas de M. Francisco Schmidt, em Ribeirão Preto, SP, com a usina de beneficiamento ao fundo e a colônia no horizonte. 
Fonte: A. Lalière, 1909. In Arquitetura do Café [por] André Argollo.
Muitas fazendas possuem construções antigas em bom estado de conservação, restauradas ou — em alguns casos — reconstruídas por completo. Infelizmente esta não é a realidade de uma grande parte das propriedades rurais, que — por falta de dinheiro ou falta de consideração dos proprietários acabaram perdendo os registros arquitetônicos que outrora lhes embelezavam a arquitetura do café. Todavia, para resgatar a tradição das grandes fazendas cafeeiras, os edifícios que compõem seu conjunto arquitetônico podem conter elementos presentes na arquitetura colonial brasileira. Grandes varandas, amplos telhados com telhas de barro, portas e janelas de madeira coloridas, lambris no teto e ladrilhos hidráulicos são alguns dos exemplos a serem utilizados em novos projetos ou em projetos de restauro/reconstituição. Muitos elementos considerados símbolo das antigas fazendas, como os fogões à lenha, são incorporados nesses projetos não pela praticidade do seu uso, mas sim pelo valor simbólico-arquitetônico que possuem. Obviamente não é necessário se valer de todos estes itens ao mesmo tempo para que se realize o resgate de memória.
Fachada do Museu do Café de Ribeirão Preto [SP].
Vista da varanda de uma das alas do Casarão do Museu do Café de Ribeirão Preto [SP].
No caso da arquitetura do café, eu considero que uma boa arquitetura vai muito além de um bom desenho, pois remete aos cinco sentidos. Na arquitetura do café, o “aroma” é essencial na composição do ambiente — há que sensibilizar o olfato com aromas do café e da fazenda; assim como o tato — textura dos revestimentos, o material que compõe o mobiliário etc.; a luz deve ser bem pensada — o que exige do arquiteto um belo estudo da luminosidade do ambiente para conjugar rural com urbano, tradicional com contemporâneo; a sonoridade também é relevante. Assim também em ambientes urbanos, por exemplo no projeto de uma cafeteria, em que o próprio som do preparo do café, da manipulação das louças, das conversas sempre amenas, tudo isso pode ser muito bem explorado pela boa arquitetura do café. O sabor, nem se fala !
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REFERÊNCIA para citar este Texto:

Argollo Ferrão, A. M. de (2019). Fazendas de Café em Ribeirão Preto [SP]. In: Arquitetura do Café [Blog]. Disponível em: http://arquiteturadocafe.com.br/blog/

REFERÊNCIAS citadas neste Texto:

Argollo Ferrão, A. M. de (2015). Arquitetura do Café (2a. ed.). Campinas: Editora da Unicamp.

Argollo Ferrão, A. M. de (2005). A Fazenda Cafeeira e suas características no tempo e no espaço por elementos arquitetônicos. Revista Cafeicultura, n. 24, out./2005. Disponível em : https://revistacafeicultura.com.br/?mat=5550

Argollo Ferrão, A. M. de (2004). Arquitetura do Café (1a ed.). São Paulo: IMESP; Campinas: Editora da Unicamp.

Belli, B. (1910). Il caffè: il suo paese e la sua importanza. Milão: Ulrico Hoepli. Manuali Hoepli, con 48 tavole, 7 diagrammi e carta delle zone caffeitere.

Benincasa, V. (2010). As casa de fazendas paulistas. Com Ciência. Revista Eletrônica de Jornalismo Científico. Disponível em: http://www.comciencia.br/comciencia/handler.php?section=8&edicao=60&id=759.

Lalière, A. (1909). Le café dans l’état de Saint Paul. Paris: Augustin Challamel.
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Mexido de Ideias apresenta Arquitetura do Café

Olá Pessoal ! Ao navegar pela Internet como sempre faço, visitando sites e blogs interessantes cujo conteúdo sempre acrescenta conhecimento, particularmente a quem aprecia um bom café e tudo o que diz respeito ao bom café, eu encontrei o "Mexido de Ideias" (com sabor de café) ! Belo site, valeu a visita ! Recomendo a todos os apreciadores de um bom café. O "Mexido de Ideias" apresenta um excelente conteúdo nas seguintes abas: receitas / barista / negócios / saúde / cultura / coffeelover / cafés pelo mundo [...]

[...] E foi justamente na aba "cultura" do Mexido de Ideias (com sabor de café) que eu encontrei uma simpática apresentação do meu livro "Arquitetura do Café", cujo teor, muito bem redigido por Lucas Tavares, eu tomei a liberdade de transcrever a vocês neste "post". Vejam a seguir :

"Como todo bom negócio, a produção de café precisa ter uma arquitetura própria. Isso, porque todos os seus processos necessitam de instalações que correspondam com suas demandas. Quem já visitou ou conhece uma fazenda cafeeira sabe! Já para quem nunca teve esse prazer, apresentamos o livro “Arquitetura do café”, de André Argollo, que visa fazer um levantamento histórico sobre as edificações relacionadas à produção do grão [...]
[...] As construções arquitetônicas analisadas fazem parte de fazendas na região de Campinas, estado de São Paulo, e de seus arredores. Todos os detalhes dos projetos são explicados e mostrados ao leitor. Claro, não poderiam faltar diversas ilustrações e fotos atuais e históricas das edificações, muitas das quais já têm mais de dez décadas de vida [...]
[...] Em suas 296 páginas, o livro também esclarece tendências sociais da época usando como base a própria arquitetura das fazendas. As edificações também são usadas para desvendar diretrizes econômicas da região que um dia já foi um dos centros de produção de café no país".
Por : Lucas Tavares
Escrito para o site "Mexido de Ideias", onde você encontra dicas culturais para apaixonados por café, sugestões cafeinadas de livros, filmes, cursos e perfis em redes sociais, e trabalhos de artistas que demonstram amor pelo café com muito talento.

Visitem o site "Mexido de Ideias" com sabor de café !
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As pesquisas que deram origem ao livro Arquitetura do Café remetem à trajetória da rubiácea desde a África até São Paulo, território onde eu concentro as minhas análises. O café e a arquitetura de muitas fazendas cafeeiras compõem cenas e cenários que no livro eu procurei retratar a partir de uma linguagem baseada no "Pensamento Orientado a Processos". Além disso, o livro apresenta as técnicas que se refletiam nos projetos, e as várias tarefas que demandavam uma arquitetura específica : a da fazenda de café. A ideia foi tentar desvendar tendências e diretrizes sociais e econômicas e seus reflexos sobre a "arquitetura do café" numa obra textual e iconográfica de elevada categoria e complexidade.
Recentemente iniciamos uma nova fase do projeto "Arquitetura do Café", ampliando-o e incorporando em uma linguagem digital, transformando-o em um site que abriga este blog com o objetivo de abordar diferentes aspectos da cultura cafeeira, não somente com base no conteúdo do livro, mas também abrindo para novas pautas, a fim de compartilhar informações e vivências.
Bem vindos ao "Arquitetura do Café" <http://www.arquiteturadocafe.com.br>
Visitem @arquiteturadocafe e o canal YouTube "Arquitetura do Café"
#arquiteturadocafe
Conheçam e frequentem o "Mexido de Ideias" <http://www.mexidodeideias.com.br>
[...] com sabor de café !!!
Abçs.,
André Argollo

Arquitetura do Café e das cafeterias

Um bom café há de ser bem saboreado em um ambiente aconchegante. Os tipos especiais de grãos, torras e blends movimentam uma grande cadeia de serviços: as cafeterias. A arquitetura do café é marcada pelo passado das grandes fazendas e pelo rico conjunto de construção que as compõem, imponentes e poderosas, reservando o charme dos tempos antigos e as características aprazíveis e aconchegantes de um bom ambiente familiar. Mas também é marcada, sem dúvida, pelos ambientes aconchegantes e contemporâneos das cafeterias que se apresentam nas grandes cidades do Brasil e do mundo.

La Mercerie Cafe & Bar New York [EUA]. Fonte: https://www.lamerceriecafe.com
Nas grandes cidades do mundo todo, as cafeterias representam uma faceta importante do comércio em torno do café, levando para espaços charmosos e aconchegantes alguns dos mais significativos elementos arquitetônicos e culturais das suntuosas fazendas de café. A boa arquitetura do café procura enxergar as mudanças de comportamento dos consumidores e as replicam nos projetos arquitetônicos das cafeterias, que investem no design de interiores para criar espaços que remetam às tradições de família, a casa dos avós e as antigas fazendas cafeeiras.
Imagem de cima : Cafeteria da Pousada Solar da Ópera, em Ouro Preto [MG] Brasil.
Imagem de baixo : Cafeteria Fika Cafés Especiais, em São José dos Campos [SP] Brasil. Fonte: Revista Espresso.
Os elementos da arquitetura do café e da decoração das cafeterias devem despertar os sentidos, a memória, as lembranças que invariavelmente vêm à mente e se materializam com o prazer de degustar a bebida. A arquitetura do café há de inspirar a sensação de acolhimento nos sublimes momentos de pausa, descanso ou de boas conversas. A decoração promove ambientes especiais de cafeteria, com cadeiras confortáveis e acolhedoras, poltronas e sofás, dispostos sob iluminação adequada e ventilação controlada.
Imagens de cima e de baixo : Cafeteria da Pinacoteca de Brera, em Milão [Italia].
Fotos: Michele Nastasi/Divulgação.
Fonte: https://www.gazetadopovo.com.br/haus/arquitetura/novo-cafe-pinacoteca-brera-milao-enaltece-arquitetura-design-1950-rgastudio/
Nada de usar luz fria, opte por elementos de madeira, ferro trabalhado, peças de demolição e objetos artesanais. Procure conjugar o antigo e tradicional com linhas contemporâneas sem abrir mão das características rurais das regiões cafeeiras do Brasil. Texturas e tecidos obtidos com tijolos de demolição ou cestarias, plantas naturais ou pequenos arranjos trazem a natureza para o ambiente interno. A decoração pode seguir uma linha contemporânea com linhas retas e móveis modernos bastando a presença de uma parede de tijolos ou peças de demolição para proporcionar um ar nostálgico dos antigos casarões e rurais.
Chelsea Cafe, em Curitiba [PR] Brasil. Foto: Leticia Akemi/Gazeta do Povo.
Fonte: https://www.gazetadopovo.com.br/haus/arquitetura/dez-cafes-com-decoracao-legal-para-conhecer-no-fim-de-semana-em-curitiba/
REFERÊNCIA para citar este Texto:
Argollo Ferrão, A. M. de (2019). Arquitetura do café e das cafeterias [Blog]. Disponível em http://www.arquiteturadocafe.com.br/blog